Numa declaração gravada apresentada perante a 73.ª Assembleia Mundial da Saúde, que se realiza por teleconferência, o secretário de Estado da Saúde norte-americano, Alex Azar, afirmou que “uma das principais razões para este surto se descontrolar foi o falhanço [da OMS] em obter informação de que o mundo precisava e esse falhanço custou muitas vidas”.

“Numa aparente tentativa de esconder este surto, pelo menos um estado-membro fez pouco das suas obrigações de transparência”, acrescentou o ex-lóbista da indústria farmacêutica, declarando que “a OMS falhou na sua missão central de partilha de informação e transparência quando os estados-membros não agem de boa fé”.

Alex Azar referia-se à China, reiteradamente acusada pelo presidente Donald Trump de ser responsável pela propagação do novo coronavírus, ao mesmo tempo este e a sua administração enfrentam críticas pela gestão da pandemia no seu próprio país, que tem o maior número de infeções (quase 1,5 milhões) e mais mortos (89.564) em todo o mundo.

O responsável governamental da saúde nos Estados Unidos defendeu que “o ‘status quo’ é intolerável” e que “a OMS tem que mudar e tornar-se muito mais transparente”.

Dirigindo-se aos outros 193 membros da Assembleia, Alex Azar fez uma “oferta aberta de cooperação” nos esforços para conter a pandemia, indicando que parte do esforço financeiro dos Estados Unidos contra a pandemia são "500 milhões de dólares" em ajuda a 40 dos países mais vulneráveis.

Noutro gesto de afronta política a Pequim, Alex Azar apelou à participação na Assembleia Mundial da Saúde de Taiwan, a ilha com 23 milhões de habitantes cuja soberania a China se recusa a reconhecer, considerando-a uma província sua.
Os cidadãos de Taiwan “não podem ser sacrificados para mandar uma mensagem política”, disse Azar.

Veja o vídeo: O que acontece ao vírus quando entra em contacto com o sabão?

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