“Quando a situação acarreta um salvamento aquático, a nível mundial, são recomendados seis métodos: alcançar, lançar, caminhar, remar/embarcação, nadar e rebocar, respetivamente ordenados do mais seguro para o mais inseguro”, explicou a FEPONS, em comunicado.
Já os nadadores-salvadores, acrescentou, são formados “para que utilizem o método mais seguro, após um reconhecimento da situação”.
Na terça-feira, o presidente da federação, Alexandre Tadeia, divulgou à Lusa alguns dos procedimentos que os nadadores-salvadores devem adotar na época balnear face à pandemia da covid-19, como privilegiar o salvamento “sem entrar na água” ou abordar o náufrago pelas costas.
A notícia gerou "muitas críticas e comentários nas redes sociais", o que, para a FEPONS, “revela claramente a necessidade de se aumentar a cultura de segurança aquática dos portugueses”.
“Entenda-se que, nos métodos de alcançar e lançar, o nadador-salvador está em terra e realiza o salvamento sem entrar na água, utilizando um equipamento de salvamento que o permita: vara de salvamento, cinto de salvamento, boia circular, etc.”, explicou.
Contudo, frisou, se após o reconhecimento o vigilante entender que não é possível o salvamento sem entrar na água, então deve “utilizar um dos outros métodos, salvaguardando sempre as suas condições de segurança, utilizando equipamentos específicos para tal”.
Ainda assim, Alexandre Tadeia advertiu que “desde o início do século XX o salvamento aquático mundial percebeu que a prevenção é a melhor forma de evitar o afogamento, sabendo-se que 85% das mortes por afogamento têm prevenção”.
Aliás, na terça-feira o responsável já tinha alertado que o número de mortes por afogamento em Portugal “ainda está a subir”, registando-se desde o início do ano 52 mortes, mais 21 do que no mesmo período do ano passado.
A época balnear começa no próximo sábado numa parte do território, mas a federação continua “no mesmo ponto de situação que estava há duas semanas”, sem saber se há nadadores-salvadores suficientes para assegurar a vigilância em todo o país.
Desde abril, a FEPONS tem vindo a alertar que poderão faltar cerca de 1.500 a 2.000 nadadores-salvadores para a próxima época balnear, porque os cursos foram interrompidos com a declaração do estado de emergência e “apenas 50% dos nadadores-salvadores voltam a trabalhar na época seguinte”.
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