Segundo adiantaram à Lusa os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), nos últimos dias, tem sido registado um “crescimento muito acentuado da procura da Linha SNS24”.

“Na última semana foram resolvidas pela Linha SNS24 mais de 240 mil chamadas, um crescimento de quase 30% face à semana anterior e um aumento para mais do triplo face à primeira semana de novembro”, adiantou a mesma fonte.

De acordo com os SPMS, para responder a esta “pressão muito elevada e repentina, foram tomadas, em articulação com a Direção-Geral da Saúde e o operador, um conjunto de medidas, entre as quais abertura de novos `call centers´ para “beneficiar de recursos humanos disponíveis noutras regiões”.

“Já abriu em Coimbra durante esta semana e estão em preparação a abertura de mais noutros locais”, adiantou o organismo do Ministério da Saúde.

A mesma fonte acrescentou que outra das medidas é a formação e contratação de novos profissionais, perfazendo neste momento cerca de cinco mil, maioritariamente enfermeiros, mas também psicólogos, farmacêuticos, médicos-dentistas, administrativos, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa e estudantes de medicina do sexto ano.

Além disso, estão a ser diversificadas as categorias dos profissionais e das respetivas tarefas para otimizar o atendimento na linha, revisto alguns algoritmos para elevar a sua eficiência e serem adotadas soluções mais alargadas de atendimento automatizado.

“Contamos ter nos próximos dias uma elevação da pressão sobre a linha, pelo que continuaremos a adotar todas as medidas de emergência que contribuam para salvaguardar a qualidade do serviço”, asseguraram os SPMS.

Durante este mês dezembro, já foram emitidas pelo SNS24 168.642 requisições de testes à covid-19, das quais 66.273 na última semana e 12.499 só na terça-feira.

Relativamente à emissão de declarações provisórias de isolamento profilático, entre 01 e 21 deste mês, foram emitidas 118.618 declarações, das quais 48.349 na última semana, avançou a mesma fonte.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.823 pessoas e foram contabilizados 1.242.545 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.