Segundo o jornal Público, as pessoas que já foram vacinadas contra a COVID-19 podem vir a ser uma exceção ao uso obrigatório da máscara.

De acordo com a médica pneumologista Raquel Duarte, uma das especialistas convidadas pelo Governo para pensar num plano gradual de retoma da normalidade para os próximos meses, altura em que grande parte da população já estará vacinada, está previsto um aumento da liberdade de forma gradual e a "conta-gotas", escreve aquele órgão de comunicação social.

Segundo o jornal, o grupo de peritos que aconselha o Governo defende que é necessário criar oportunidades para a população socializar em segurança neste verão, sendo que as pessoas já vacinadas poderão em determinadas ocasiões estar isentas do uso obrigatório de máscara.

Os norte-americanos que já tenham recebido as doses da vacina contra a COVID-19 já foram dispensados de usar máscara em locais públicos abertos ou fechados, bem como de respeitar as distâncias sociais. A recomendação foi feita na quinta-feira pelo Centro para o Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

No final de abril, o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC) também defendeu o ajustamento das medidas não farmacológicas à realidade atual, abrindo a possibilidade para que as pessoas que estejam totalmente vacinadas pudessem relaxar gradualmente as medidas impostas em relação ao uso de máscara e distanciamento social.

"Embora o relaxamento das medidas de proteção deva ser feito gradualmente e com base em avaliações cuidadosas dos riscos envolvidos, estamos confiantes de que o aumento da cobertura de vacinação terá um impacto positivo e direto no retorno à vida normal", disse Andrea Ammon, diretora do ECDC.

Segundo o ECDC, o uso de máscara e distanciamento social poderá ser aliviado quando pessoas totalmente vacinadas se encontrarem com outras pessoas na mesma situação ou quando pessoas totalmente vacinadas se encontrarem com pessoas não vacinadas, desde que não tenham fatores de risco para desenvolver doença grave.

O ECDC frisou, no entanto, que o uso de máscara e distanciamento social deve ser mantido, quer as pessoas estejam vacinadas ou não, nos espaços públicos ou nos casos de ajuntamentos.

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Portugal registou ontem uma morte atribuída à COVID-19, 436 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, continuando a verificar-se uma diminuição nos internamentos, mas mais casos ativos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, estão internados em cuidados intensivos 70 doentes, menos um em relação a quarta-feira. Já no que se refere aos internamentos em enfermaria, os dados oficiais indicam que estão hoje internados 244 doentes, menos quatro.

Os dados revelam, por outro lado, uma subida de 95 casos ativos, que passam a 21.969 no total.

A pandemia provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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