O objetivo deste estudo, que inicialmente deve abranger 5.000 pessoas, é medir a taxa de contaminação da população.
"Várias pessoas não são incluídas nas estatísticas de casos positivos, embora tenham sido infetadas. Não sabem disso porque não tiveram sintomas, mas os anticorpos foram metabolizados e podem ser contagiosos", explicou o ministro da saúde checo, Adam Vojtech, que adiantou que o teste será baseado na resposta imune, ou seja, na produção de anticorpos contra o vírus, de modo a detetá-lo em pessoas que agora são saudáveis.
Os exames de sangue serão realizados durante as próximas duas semanas em voluntários assintomáticos, de todas as faixas etárias e em várias regiões do país afetadas pela pandemia.
Quanto a resultados, devem ser conhecidos no início de maio, de acordo com o ministro da Saúde checo.
Até ao momento, 6.914 pessoas testaram positivo para COVID-19 na República Checa, que regista um total de 196 mortes.
O governo anunciou na semana passada um plano de cinco etapas, que durará de 20 de abril a 8 de junho, e que define as regras de regresso ao convívio social, mas que pode ser modificado de acordo com a evolução da pandemia no país.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 762 pessoas das mais de 21 mil infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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