O número de vacinas a serem distribuídas nos diferentes estados passará de 4,9 milhões de doses na semana de 5 de abril, para 700.000, na de 12 de abril, segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública americana.
A empresa comprometeu-se a entregar "cerca de 100 milhões de doses" ao governo americano "até ao final de maio" e garante que consegue cumprir o prazo.
Na semana passada, porém, começou um escândalo após a revelação de que um lote - de cerca de 15 milhões de doses, segundo a imprensa americana - foi estragado por engano numa fábrica de Baltimore.
Os insumos usados na produção de outra vacina, a da AstraZeneca, foram misturados com os da vacina J&J, segundo o jornal The New York Times.
O erro foi detetado pelos controlos de qualidade, e as doses comprometidas nunca saíram da fábrica, que continua à espera da aprovação oficial das autoridades para fornecer a vacina.
Desde então, a produção do imunizante da AstraZeneca foi interrompida na fábrica, administrada pela empresa associada Emergent BioSolutions, e supervisores da J&J estão revisando as operações.
"A Johnson & Johnson assume totalmente a responsabilidade" pelo incidente, disse a empresa americana em comunicado, afirmando que está a "trabalhar estreitamente" com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para obter a autorização emergencial para produzir a sua vacina na fábrica de Baltimore.
A vacina da Johnson & Johnson, que tem a grande vantagem logística de ser administrada em dose única, recebeu a autorização emergencial nos Estados Unidos no final de fevereiro, após as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
A Johnson & Johnson entregou 20 milhões de doses aos Estados Unidos no final de março, de acordo com o combinado, e "a empresa comprometeu-se a entregar 24 milhões até ao final de abril", disse na semana passada o coordenador de estratégia contra a pandemia da Casa Branca, Jeff Zients.
"Moderna e Pfizer estão agora a um ritmo estável (de entregas) semana a semana. Isso ainda não é algo que a Johnson & Johnson tenha conseguido", reconheceu.
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