Numa visita à unidade hospitalar da região de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito do processo de reversão da parceria público-privada (PPP) ali existente para a esfera do Estado, que será efetiva a partir de 01 de junho, o governante justificou a sua presença com o “marcar da transmissão” e o contacto com a atual e a futura equipas de administração, defendendo que os utentes não serão afetados com a mudança.

“Esse é o foco: que seja sentido o menos possível a mudança e, se for sentida, se possível para melhor, tanto ao nível dos doentes como ao nível dos profissionais que fazem o hospital de Vila Franca de Xira. Os profissionais estarão cá no dia seguinte à transição para uma gestão pública e o hospital continua a ser o mesmo. A ideia é pelo menos manter ou melhorar a qualidade”, salientou

Recordando o processo similar de reversão feito há alguns meses na PPP do hospital de Braga, que considerou “que correu bem”, Diogo Serras Lopes defendeu que “não há nenhuma razão para que em Vila Franca [de Xira] não seja assim”, realçando o facto de a transição estar a ser feita entre os mesmos intervenientes, quer privados, quer público.

O secretário de Estado da Saúde garantiu que não haverá “nenhuma redução de valências” com a mudança da gestão clínica, acrescentando, inclusivamente, que “existe a ideia de fazer um reforço daquilo que é a componente clínica do hospital” e que essas áreas serão alvo de análise da nova administração e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo. Porém, recusou comprometer-se com uma eventual ampliação desta unidade.

“O Governo e a ARS estão sempre em planeamento daquilo que são as necessidades da população e da sua evolução. Há questões relativamente ao dimensionamento do hospital face à população que está a servir e que serão tidas em conta com os vários planos que temos daqui para a frente. Não tenho nada para prometer ou anunciar agora, mas é um dos casos em que existe algum subdimensionamento”, reconheceu.

O Governo aprovou no final de abril um decreto-lei que contemplava a passagem do hospital que serve cerca de 250 mil habitantes de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira para o modelo de entidade pública empresarial.

O conselho de administração será agora presidido por Carlos Andrade Costa, que exercia as mesmas funções no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que agrega as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas.

Além do novo presidente, a administração terá Maria Sofia Magalhães Loureiro dos Santos como diretora clínica e Ana Paula Eusébio como enfermeira diretora, bem como os vogais executivos Bruno Ferreira e António Pinheiro.