Em comunicado, a empresa japonesa Sysmex Corporation indicou que pretende lançar este teste de diagnóstico minimamente invasivo no mercado japonês "o mais rápido possível".
Segundo a Sysmex, o seu sistema mede em pouco mais de vinte e cinco minutos o nível de acumulação no sangue da proteína beta-amiloide, um dos principais biomarcadores da doença de Alzheimer.
Existem outros métodos disponíveis para diagnosticar esta patologia, mas geralmente são caros ou invasivos (imagens cerebrais, punção lombar para extrair líquido cefalorraquidiano), já que é fundamental detetar o Alzheimer o mais rápido possível para tentar interromper a sua progressão.
Outros exames de sangue estão a ser desenvolvidos em outras partes do mundo ou estão a aguardar autorização de comercialização.
"Ferramentas de diagnóstico simples, baratas, não invasivas e de fácil acesso são urgentemente necessárias" para melhorar a deteção precoce da doença de Alzheimer, afirma a ONG americana Alzheimer's Association no seu site.
No futuro, os exames de sangue "provavelmente revolucionarão o processo de diagnóstico da doença de Alzheimer e de todas as outras demências", segundo esta organização.
A doença de Alzheimer permanece incurável até ao momento, mas em novembro, dados clínicos adicionais confirmaram o potencial de um novo medicamento, o lecanemab, para retardar significativamente o declínio cognitivo em pacientes tratados por 18 meses.
Mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência, número que deve aumentar para 130 milhões até 2050 com o aumento da esperança de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença de Alzheimer representa entre 60% e 70% dos casos.
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