Os diferentes tipos de cancro do colo de útero são quase todos provocados por uma infeção do papilomavírus, sexualmente transmissível.
Há vacinas desde meados dos anos 2000 contra este vírus, mas até agora são recomendadas duas doses, embora a prática varie de país para país.
Agora, o comité de especialistas da OMS afirmou que uma única dose permite proteger às faixas etárias de 9-14 e 15-20 anos.
Estas novas recomendações permitiriam que mais meninas e mulheres fossem vacinadas, "mantendo o nível de proteção necessário", afirmou o presidente deste comité, Alejandro Cravioto durante uma conferência de imprensa.
Embora também tenha informado que os planos nacionais de vacinação poderão continuar a administrar duas doses se considerarem necessário.
Por outro lado, os especialistas da OMS continuam a recomendar duas doses com seis meses de intervalo para as mulheres com mais de 21 anos.
"Para as pessoas imunodeprimidas, sobretudo com VIH, recomendamos duas doses, inclusivamente três", destacou Cravioto.
O cancro do colo de útero é o quarto que mais afeta as mulheres em todo o mundo. Em 2020, a cobertura vacinal com doses no planeta chegou apenas a 13% das mulheres. No mesmo ano, este cancro provocou a morte de 340.000 pessoas.
Cerca de 90% dos novos casos e das mortes no mundo em 2020 estavam em países com baixo ou médio rendimento.
"A opção de uma única dose é mais barata, consome menos recursos e é mais fácil de administrar", resumiu a médica Princess Nothemba Simelela, vice-diretora-geral da OMS.
"Uma mulher morre a cada dois minutos por esta doença", lembrou o presidente do comité a OMS.
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