“Esta era uma carrinha que nós já tínhamos cedido durante o tempo da pandemia ao IPO, para que os doentes pudessem ser deslocados com algum conforto e com alguma segurança”, contextualizou o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro Vítor Rodrigues.
“Nós decidimos com o preço de uma [viatura], doar esta, e, comprar também uma segunda [viatura] em segunda mão”, explicou.
“O IPO estava com algumas dificuldades no transporte entre o edifício do IPO e o local onde essas pessoas estão, pernoitam, no intervalo dos tratamentos”, por isso o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) decidiu doar a viatura, de modo a “dar algum conforto ou ajudar a dar algum conforto às pessoas”, referiu Vítor Rodrigues.
“Este gesto da doação da viatura ao IPO é um bom exemplo desta parceria e da resposta em prol da humanização na prestação de cuidados ao doente oncológico, sendo a humanização um dos valores que norteia a atividade do IPO e uma vertente que tem pautado a atuação da LPCC”, disse, numa conferência de imprensa, a presidente do conselho de administração do IPO Coimbra, Margarida Ornelas.
Num contexto marcado pelo início da empreitada de requalificação do edifício da cirurgia e imagiologia, a presidente referiu que o IPO de Coimbra teve necessidade também de se “reinventar”.
“O nosso hotel de doentes foi reconvertido numa unidade de internamento para acomodar as especialidades cirúrgicas, tivemos necessidade de encontrar uma resposta, continuando a manter a resposta hotel, mas fora do ’campus’ hospitalar em três unidades da cidade”, explicou Margarida Ornelas.
A permanência de doentes fora do ’campus’ do hospital nestas três unidades da cidade, exigiu deslocações diárias, refletindo um total de cerca de 150 quilómetros, para uma média de 40 doentes que fazem tratamentos de radioterapia.
A nova carrinha “vai permitir facilitar a deslocação destes doentes, uma vez que a carrinha tem uma capacidade superior” face às “viaturas atuais”, sublinhou.
Para além desta vantagem, existe um “ganho muito grande em termos de conforto de doentes, em termos de segurança e em termos de ganhos de eficiência, porque permite transportar mais doentes, e, desta forma reduzir o número de deslocações diárias”, concluiu.
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