Uma médica de 60 anos foi agredida na segunda-feira física e verbalmente no Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier.
"Entre uma utente, acompanhada da mãe, e queria uma ecografia. Eu expliquei-lhe que com quatro semanas não há tradução ecográfica e não ia adiantar nada", conta a médica à RTP. A médica recusou-se a fazer o procedimento, uma vez que não havia indicação clínica, e a utente e a mãe da utente cuspiram e agrediram verbalmente a especialista.
Já fora do gabinete onde ocorreram as primeiras agressões verbais, a médica voltou a ser agredida - desta vez fisicamente - pelas duas mulheres, com recurso a bofetadas, às quais se juntou uma terceira que também agrediu a especialista.
Segundo a RTP, a médica, que trabalha há mais de 30 anos no Hospital São Francisco Xavier, foi socorrida por colegas.
As agressoras foram identificadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
"Eu estive esta manhã no hospital São Francisco Xavier para me solidarizar com os profissionais do hospital e para condenar de forma inequívoca todo e qualquer ato de violência contra profissionais de saúde", disse o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, à RTP.
A Ordem dos Médicos pede mais mecanismos de segurança nos hospitais, como a reconfiguração dos consultórios e a instalação de botões de pânico, para evitar novas situações de violência sobre os profissionais de saúde.
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