Foi lançada a 1 de setembro de 2020 e desde então foi descarregada 3.166.109 vezes. "Neste momento, apenas um terço está ativo e contacta diretamente com os servidores", refere o coordenador do projeto, Rui Oliveira, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), em declarações à rádio TSF.
O sistema só é eficaz quando as autoridades de saúde geram códigos - após a identificação de casos positivos - e os utilizadores os introduzem na aplicação móvel.
Segundo Rui Oliveira, "as pessoas terão desinstalado ou desativado a aplicação por verem que o sistema em si não estaria a funcionar".
Em oito meses, os médicos geraram 14.790 códigos e só 3.136 (17,6%) foram inseridos na aplicação o que acaba por tornar a aplicação menos eficaz no rastreamento de casos."Não havendo pessoas infetadas a colocar a informação no sistema, ter a aplicação no telemóvel é inútil", diz Rui Oliveira à referida rádio.
Menos de 1% dos casos teve direito a código em três semanas
Já em 2021, nas três semanas entre 25 de março e 15 de abril apenas um utilizador inseriu o código na aplicação. Já os médicos, também nestas três semanas, geraram 57 códigos.
No entanto, neste período de tempo houve 10.148 novos diagnósticos de infeção pelo SARS-CoV-2 segundo dados dos boletins epidemiológicos da Direção-Geral da Saúde. Feitas as contas, foram gerado códigos para menos de 0,56% dos casos.
Segundo a TSF, o Governo pretende facilitar o sistema de atribuição de códigos, mas não foram tomadas medidas nesse sentido até ao momento.
A pandemia de COVID-19 provocou mais de três milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 141,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Portugal, morreram 16.951 pessoas dos 831.645 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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