Há várias definições para o bullying, mas de uma forma sucinta, podemos defini-lo como um ato continuado e repetitivo de violência físico-psicológica em contexto escolar entre crianças e jovens.
As vítimas parecem apresentar características que as tornam “diferentes” dos outros pares (quer diferenças ao nível físico, ao nível do visual estético ou até cultural).
Embora o bullying seja complexo, à medida que o Mundo vai evoluindo, novas formas deste fenómeno vão aparecendo.
Atualmente existem diferentes tipos de bullying: físico, verbal, sexual, relacional/racial, cyberbullying, homofóbico e psicológico. O bullying físico é demonstrado através de violência física (como empurrar ou prender, esbofetear, murros ou pontapés, cuspir, morder, e etc.); verbal através de violência verbal (insultos, ameaças, humilhação, chantagem, manipulação, e etc.), sexual através da utilização de comentários sexuais ou até contactos sexuais; o bullying relacional/racial espelha a exclusão de grupos sociais e comportamentos racistas; cyberbullying é concretizado com recurso às novas tecnologias (SMS, e-mail, redes sociais, websites, chats, etc.), em que se espalha informação falsa, propagandose o assédio/insultos.
Estudos têm demonstrado que 1 em cada 5 crianças é vítima de bullying no espaço escolar.
As consequências são avassaladoras aumentando os riscos para problemas de saúde mental, aumentando a alienação no desenvolvimento destes jovens; ser vítima de bullying na infância/juventude tem sido relacionado com experiências de isolamento, perceções negativas do mundo e de si próprio e até os casos mais severos podem levar ao suicídio.
Também se tem verificado que as vítimas de bullying durante a infância/juventude poderão perpetuar o ciclo, ou seja, serem novamente vítimas de bullying no local de trabalho ou na vida social em idade adulta.
É urgente os pais, cuidadores, familiares, professores, educadores estarem atentos aos sinais que as crianças vão dando de forma a minimizar as consequências avassaladoras, como referido anteriormente, adquiridas através da experiência do bullying.
Ressalta-se, também, a necessidade óbvia de se olhar mais atentamente para os agressores para compreender as motivações e necessidades, pois, além das vítimas, os agressores podem também estar à procura de ajuda sem saber como pedila de forma saudável.
Um artigo da psicóloga Tatiana Ribeiro, da Clínica Médica da Foz.
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