A primeira cirurgia decorreu esta terça-feira, no Hospital CUF Infante Santo, para a remoção de um nódulo da tiróide através de um sistema cirúrgico robótico manipulado pelos cirurgiões Carlos Leichsenring e Nuno Pinheiro, em parceria com Menno Vriens, professor do Centro Médico e Universitário de Utrecht, da Holanda.
Nesta cirurgia, foi operada uma mulher de 47 anos a quem foi detectado um nódulo benigno de 4 cm no lobo esquerdo da glândula.
De salientar que se trata de uma cirurgia inovadora, resultado de um programa desenvolvido pela equipa de Cirurgia Endócrina do Hospital CUF Descobertas, e apenas disponível em Portugal naquele hospital privado.
A Tiroidectomia Robótica permite retirar, sem cicatriz visível no pescoço, um nódulo da tiróide de forma segura e eficaz, com melhor visualização das estruturas do pescoço e precisão de movimentos do cirurgião.
Em comparação com a cirurgia convencional, existe ainda uma grande vantagem estética - uma vez que a cirurgia é feita por via da axila, não ficando a cicatriz visível.
Com o crescente interesse de mais cirurgiões em fazer formação neste tipo de abordagem cirúrgica, várias são as patologias nas quais o grupo CUF tem vindo a aplicar, sob a coordenação do cirurgião Carlos Vaz, desde 2016, o sistema cirúrgico robótico Da Vinci - nomeadamente, na cirurgia de tratamento da obesidade e da diabetes tipo 2, cirurgia das hérnias da parede abdominal, cirurgia ginecológica no tratamento da endometriose, cirurgia torácica e cirurgia oncológica, nomeadamente, cancro da próstata, rim e bexiga, cancro do reto e do cólon, cancro do pâncreas e cancro do fígado.
“A CUF está a dar passos claros para num futuro próximo alargar a robótica a outras áreas - destacando-se a da oncologia, com ganhos evidentes para o doente. É o caso de cancros da Cabeça e Pescoço, com indicação específica para os tumores da base da língua”, revela Carlos Vaz, coordenador de Cirurgia Robótica naquele grupo privado de saúde.
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