Algumas das principais marcas de água em garrafa do mundo estavam em 2018 contaminadas com partículas de plástico, que provavelmente entram em contacto com o líquido durante o processo de engarrafamento, revelou um estudo realizado em nove países e publicado este mês.

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As marcas analisadas nesse estudo descartaram qualquer risco decorrente da ingestão desses plásticos para a saúde do consumidor, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu abrir uma investigação para perceber o alcance do risco potencial.

A associação Defesa do Consumidor (DECO) considera que "beber água da torneira é saudável". "Além de ecológico, sai mais barato do que a água engarrafada. Mas o gosto de cada um, as questões práticas ou o desconhecimento sobre a qualidade da água da torneira de determinada zona são bons motivos para preferir água engarrafada", frisa a organização.

As águas engarrafadas possuem características diversas quanto ao teor em minerais. A variedade de marcas disponíveis nas lojas complica a escolha e, muitas vezes, os rótulos não ajudam devido ao uso de designações técnicas. Deciframos os termos complicados.

Sabe escolher a melhor água engarrafada? DECO explica-lhe como
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1. pH

Indica o nível de acidez, numa escala de 0 a 14. A água é neutra se medir 7, ácida, se inferior a 7, e alcalina se exceder este valor.

2. Sílica

Sem inconvenientes para a saúde.

3. Mineralização total ou resíduo seco

Até 50 mg/litro, a água é muito pouco mineralizada, entre 50 e 500 mg/litro é oligomineral ou pouco mineralizada e acima de 1500 mg/litro é rica em minerais. Para consumo regular, opte pelas menos mineralizadas.

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4. Bicarbonato

Águas com mais de 600 mg/litro são bicarbonatadas e estão indicadas, com moderação, para quem tem hiperacidez gástrica ou problemas com o ácido úrico.

5. Sulfato

Em grande quantidade, pode ser laxante, sobretudo associado ao magnésio. Com mais de 200 mg/litro são águas sulfatadas.

6. Nitrato

Proibido acima de 50 mg/litro. As grávidas, as mulheres a amamentar e os bebés não devem beber águas com mais de 10 a 15 mg/litro.

7. Sódio

Em quantidades elevadas, pode ser nocivo. Caso siga uma dieta pobre em sódio, opte por águas com menos de 20 mg/litro. Para a alimentação infantil, escolha baixos teores em sódio.

8. Magnésio

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Em quantidades elevadas pode ter um efeito laxante, sobretudo quando associado ao sulfato. Com um teor superior a 50 mg/litro são águas magnesianas.

9. Cálcio

Teores elevados podem interferir na absorção de nutrientes como o potássio, o ferro e o zinco. Com mais de 150 mg/litro são águas cálcicas.

Nos rótulos distinguem-se dois tipos de água, que o consumidor só consegue perceber através da denominação: nascente e mineral natural.

As águas de nascente são, na maioria das vezes, idênticas às minerais naturais. Ambas têm origem subterrânea, circulam a profundidades significativas e são consideradas bacteriologicamente próprias. Nas lojas pode ainda encontrar águas engarrafadas que não se enquadram nas classificações “mineral natural” ou “nascente” e, como tal, não o indicam.