Segundo a agência das Nações Unidas, este é o pior surto de sarampo no mundo e, desde o seu início, em janeiro de 2019, são contabilizados 310.000 casos, com as crianças a constituírem o grupo mais afetado.
A epidemia levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) e as autoridades de saúde da RDCongo a conduzirem uma operação de vacinação no território congolês, tendo sido administradas doses contra o sarampo a 18 milhões de crianças com menos de cinco anos.
Apesar dos esforços, a contenção da epidemia tem sido difícil, uma vez que a taxa de imunização continua baixa em várias regiões.
A OMS num comunicado hoje emitido referiu que “25% dos casos de sarampo registados correspondem a crianças com mais de cinco anos de idade, que são os mais vulneráveis”.
Dessa forma, a agência da Organização das Nações Unidas apela à comunidade internacional para um apoio financeiro adicional.
“Estamos a fazer o máximo possível para ter esta epidemia sob controlo, mas para sermos bem-sucedidos precisamos que nenhuma criança enfrente o risco desnecessário de morrer por uma doença que é facilmente evitável com uma vacina”, apontou o diretor regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, citado na nota.
As baixas taxas de imunização e os elevados níveis de malnutrição contribuíram para a epidemia de sarampo no país e para as elevadas taxas de mortalidade que lhe estão associadas, sendo que a epidemia afeta todas as 26 províncias do país.
Uma das principais zonas afetadas é o nordeste do país, que além do sarampo, luta também contra um surto de Ébola desde agosto de 2018.
Ainda que tenha matado 2.233 pessoas, cerca de um terço do provocado pelo sarampo, o Ébola tem recebido mais atenção por parte da comunidade internacional.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa para a qual não existe tratamento a não ser a vacinação e o tratamento dos sintomas, para que o paciente possa, por si só, combater a infeção.
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