“Disse o senhor ministro [das Finanças] que o Orçamento do Estado [para 2022] promove o desenvolvimento e a progressão nas carreiras. É isso que estamos aqui a exigir, que o Ministério da Saúde abra um processo negocial para uma alteração pontual do diploma de carreira que no essencial resolva três questões: valorize todos os enfermeiros com uma carreira única para todos, corrija as desigualdades e injustiças e compense a penosidade através de uma aposentação mais cedo”, pediu José Carlos Martins.
O dirigente sindical falava esta manhã à Lusa durante uma concentração em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, que juntou cerca de uma centena de pessoas para entregar mais de 16 mil postais assinados e uma carta aberta subscrita por mais de 60 personalidades, simbolizando o apoio e reconhecimento da profissão.
É urgente, acrescentou, “que o Governo admita mais enfermeiros e vincule os precários” e que “resolva o problema da contagem dos pontos para efeitos de progressão na carreira”.
A proposta de Orçamento do Estado para 2022 prevê uma subida de 703,6 milhões de euros do montante global para o setor da Saúde e de mais 207,9 milhões de euros relativos a despesa com pessoal face à verba estimada para 2021, com uma dotação de despesa total consolidada de 13.578,1 milhões de euros.
Numa reunião realizada na segunda-feira à noite, os sete sindicatos dos enfermeiros, entre os quais o SEP, marcaram uma greve para a primeira semana de novembro e uma concentração no dia 28 deste mês em frente à Assembleia da República.
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