O projeto foi desenvolvido pela Universidade de Coimbra (UC), com a participação de investigadores do Instituto Pedro Nunes (IPN).
A ideia consiste na “produção de dispositivos médicos biodegradáveis para regeneração nervosa periférica, com recurso à impressão 3D [três dimensões]”, afirmou o IPN, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
O NerveGen procura “dar resposta à perda de funções sensoriais e motoras resultantes de lesões dos nervos periféricos”.
A equipa de investigadores desenvolveu uma “formulação revolucionária”, entretanto patenteada, para a produção, por impressão 3D (três dimensões), de pequenos tubos-guia, de dimensão adaptável, que possibilita a reconexão das duas extremidades de um nervo lesionado.
Esta proposta, testada em animais, “apresenta vantagens claras face às soluções existentes no mercado, uma vez que possui resistência estrutural à sutura, não produz subprodutos tóxicos, é flexível e tem uma excelente integridade estrutural, transparência, permeabilidade, facilidade de armazenamento à temperatura ambiente e poderá ser personalizada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente”.
O galardão foi entregue aos investigadores do Laboratório de Ensaios, Desgaste e Materiais (LED&MAT) do IPN, Patrícia Pereira e Fábio Cerejo, na terça-feira, durante a sessão de entrega de prémios da 11.ª edição do Concurso de Ideias Arrisca C, realizada na Casa das Artes de Miranda do Corvo.
A equipa é liderada por Jorge Coelho, investigador no Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra e no LED&MAT do IPN.
O primeiro prémio da categoria Inovação corresponde a um valor monetário de 3.500 euros e o prémio Câmara Municipal de Coimbra a 3.000 euros.
O Concurso de Ideias de Negócio Arrisca C visa premiar “ideias de negócio de base científica e tecnológica na região Centro”.
É ainda objetivo da iniciativa “contribuir para a criação de ‘startups’, bem como ‘spin-offs’ académicas e empresariais, promovendo o desenvolvimento de conceitos e projetos em fase embrionária, provenientes das atividades de investigação e desenvolvimento, do conhecimento científico e/ou tecnológico dos seus promotores, nas áreas de recursos naturais e bioeconomia, materiais, ‘tooling’ e tecnologias de produção, tecnologias digitais e espaço, energia e clima, saúde e bem-estar, cultura, criatividade e turismo”.
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