As vítimas estão entre os 5.260 casos registados pelas autoridades moçambicanas, num momento em que o país atravessa um período marcado por “doenças de origem hídrica” devido à época chuvosa, explicou Armindo Tiago.
O governante moçambicano falava durante uma conferência de imprensa convocada para um balanço sobre a visita de uma delegação de alto nível da Iniciativa Mundial de Erradicação da Poliomielite, uma equipa integrada também pela diretora Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), Matshidiso Rebecca Moeti.
“Os casos de cólera decorrem num momento em que o país já recebeu vacinas e prepara-se para dar início a uma campanha de vacinação a partir do dia 26 deste mês”, declarou o governante.
A ambição é abranger pouco mais de 700 mil pessoas em oito distritos das províncias de Niassa, Sofala, Zambézia e Gaza, acrescentou Armindo Tiago.
O ministro reforçou ainda o apelo para a vigilância entre as comunidades, destacando que o país se prepara para a aproximação de uma tempestade tropical.
“Tendo em conta a possibilidade de o país ser afetado nos próximos dias por uma depressão ou ciclone tropical, apelo à prontidão das equipes de resposta da saúde”, concluiu.
Surtos de cólera e outras doenças diarreicas surgem sazonalmente em Moçambique durante a época das chuvas.
Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.
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