No total, segundo o jornal, 711.264 pessoas pediram uma primeira consulta de especialidade num hospital público que não o da sua rede de referenciação. A notícia é avançada hoje pelo jornal Público.
Este número representa 11,4% dos mais de 6,2 milhões de primeiras consultas de especialidade pedidas pelos médicos de família no mesmo período, de acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
As consultas mais procuradas são as que registam maiores listas de espera: são elas oftalmologia, ortopedia, dermatologia, otorrinolaringologia e cirurgia geral.
Desde junho de 2016, entrou em vigor o regime de livre acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que permite que um utente utilize um hospital fora da sua área de residência para receber tratamentos no setor público de saúde.
Só no último ano, houve 224 mil pessoas a exercer o direito ao livre acesso no SNS.
Os centros hospitalares de Lisboa e do Porto são os mais procurados, revela o mesmo jornal.
Os dados de que dispõe a ACSS confirmam que os tempos de espera são uma das principais justificações para que os utentes do SNS peçam uma consulta num hospital fora da sua área de residência.
Os agrupamentos de centros de saúde que mais doentes referenciam para uma primeira consulta de especialidade ficam nas proximidades de Lisboa e do Porto. É o caso dos centros de saúde de Sintra, Amadora e Oeste Sul e os agrupamentos do Arco Ribeirinho (Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo) e do Vale do Sousa Norte (Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira).
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