O diretor do centro Gamaleia que desenvolveu a vacina Sputnik V, Alexandre Guintsbourg, afirmou que as duas doses deste imunizante "protegem contra todas as variantes atualmente conhecidas, da britânica até à variante Delta, que surgiu na Índia".

Essa estirpe, considerada mais contagiosa, é responsável por 90% dos novos casos registados em Moscovo, segundo o presidente da Câmara local, Serguéi Sobianin.

A capital é o epicentro da segunda onda do vírus na Rússia e bateu recordes diários de infeções desde o início da pandemia.

As declarações de Guintsbourg pretendem impulsionar a frustrada campanha de vacinação na Rússia, que enfrenta a desconfiança e relutância da sua população.

Depois de prometer um sorteio de um carro entre quem tomar a primeira dose, o presidente da Câmara de Moscovo anunciou na semana passada que imporia a vacinação obrigatória para os trabalhadores do setor de serviços.

Por sua vez, São Petersburgo, a segunda cidade do país também exposta a um forte aumento de casos, anunciou que pretende vacinar 65% dos funcionários locais até agosto.

A Rússia é o país com mais mortes por COVID-19 na Europa, com 129.801 óbitos segundo o governo, balanço que a agência de estatística Rosstat eleva para 270.000 desde o início da pandemia.