Os deputados alemães aprovaram hoje uma lei que obriga os profissionais de saúde a vacinarem-se contra a COVID-19, um primeiro passo antes do alargamento da vacinação obrigatória à restante população do país, expectável para o início de 2022.

O projeto de lei, que visa proteger grupos particularmente vulneráveis, foi aprovado por ampla maioria no Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão), onde os sociais-democratas (SPD), os Verdes e os liberais (FDP), as forças políticas que integram a nova coligação governamental, têm a maioria parlamentar. O diploma foi aprovado com 571 votos a favor e 80 contra.

Com esta decisão, a Alemanha junta-se a outros países europeus como França, Itália, Grécia ou Reino Unido, que já introduziram na lei a vacinação obrigatória para os profissionais de saúde.

Atingida por uma nova vaga de casos de COVID-19, as autoridades da Alemanha já manifestaram vontade de ir mais longe e impor novas medidas.

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O novo chanceler alemão, Olaf Scholz, pretende pedir ao parlamento que vote até ao final do ano a obrigatoriedade de vacinação que, caso aprovada, poderá entrar em vigor em fevereiro ou março.

Numa sondagem hoje publicada, 68% dos alemães são favoráveis à vacinação obrigatória para todos os adultos, um número que está a aumentar.

A COVID-19 provocou pelo menos 5.286.793 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,88 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Portugal regista hoje mais 16 mortes associadas à COVID-19, mais 3.742 infeções com o coronavírus que provoca a doença e uma redução nos internamentos, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 1.184.216 pessoas - 632.071 mulheres e 552.145 homens -, indicam os dados da DGS, segundo os quais há 820 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.

Entre as 18.626 pessoas que morreram com covid-19 em Portugal desde o início da pandemia, 9.769 eram homens e 8.857 eram mulheres.