Combina bem com assados de carne e peixe e é uma das ervas aromáticas mais usadas em Portugal. Usado como condimento de muitos pratos, o alecrim também é utilizado em perfumaria, sabonetes, cosmética e loções capilares. A nível medicinal, esta planta é indicada para fortalecer a memória, evitando o esgotamento cerebral (quando ingerida uma infusão das folhas), depressões e dores de cabeça. É também um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, estimula a circulação do sangue, sendo ainda um tónico digestivo.
O óleo essencial que o integra é utilizado como antifúngicos, antibacteriano, antiviral perfumes, pasta de dentes, repelentes e óleo de massagens. As infusões (chás) são preparadas com uma média de quatro gramas de alecrim por chávena. Esta planta arbustiva pode ter entre 50 centímetros a dois metros de altura e tem folhas permanentes, coriáceas, lanceoladas que atingem entre 15 a 40 milímetros de longitude com cor verde brilhante. As flores podem ser roxas, lilases e brancas e aparecem desde março a outubro.
Curiosamente, em Inglaterra, se um alecrim cresce muito vigoroso no jardim da família, significa que quem manda em casa é a mulher. Na antiga Grécia, os estudantes usavam grinaldas ou ramos na cabeça enquanto estudavam para memorizar melhor. Originário da região mediterrânica da Europa, no sul da Europa, na Turquia Egito e Líbano, na Idade Média acreditava-se que o alecrim, possuía poderes que protegiam dos espíritos maus e dos pesadelos, por isso dormiam com um ramo de alecrim debaixo da almofada.
Hoje em dia, quem oferecer um alecrim significa amor, amizade e lealdade. As condições ambientais para que esta planta se desenvolva correctamente sou outro ponto de interesse. O alecrim prefere solos calcários, ligeiros, permeáveis, bem drenados e areno-argilosos, ricos em matéria orgânica. O pH deve ser de 6,8. Quanto à colheita, cortam-se as folhas a 30 centímetro do solo, 12 a 18 meses depois da plantação, só deve retirar metade dos ramos da planta. Pode fazer-se uma segunda colheita em setembro para indústria alimentar e extração de aromas.
Texto: Pedro Rau (engenheiro hortofrutícola)
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