Houve uma altura em que era todas as semanas. Religiosamente, ao jantar de domingo, Miguel Correia tinha de ir comer sushi. Chegava a percorrer mais de 30 quilómetros para o fazer. "Só não era todos os dias ou mais vezes por semana por razões financeiras. Por mim, era capaz de comer sushi todos os dias", assegura o gestor de projetos. "E nunca consigo comer pouco! Saio de lá sempre de barriga cheia", acrescenta ainda o lisboeta.
"Desde pequeno que adoro arroz e o modo como os japoneses o preparam torna-o ainda mais irresistível", justifica Miguel Correia. Nos últimos anos, sobretudo nos grandes centros urbanos, esta especialidade da gastronomia japonesa democratizou-se. "Há quem diariamente ingira sushi em grandes quantidades e, apesar de se sentir culpado, volte a ingeri-lo novamente, no dia seguinte", reconhece Teresa Branco.
No seu consultório, a fisiologista da gestão do peso é, muitas vezes, confrontada com verdadeiros adictos deste tipo de confeções à base de arroz e de peixe cru. Há, no entanto, uma explicação. "A elevada quantidade de açúcar de rápida absorção que este tipo de refeição oferece tende a espoletar mecanismos de compensação e recompensa que geram prazer e levam à vontade de repetir o mesmo tipo de sensação", justifica. O problema está também nas calorias, com peças como o niguiri de salmão a atingirem as 80 calorias por porção. Meia dúzia equivale quase a uma tablete de chocolate.
Se é o seu caso, a especialista aconselha a, para além de moderar a quantidade que ingere, preferir peças com mais peixe e menos arroz, uma vez que, como faz questão de sublinhar, "a proteína e a gordura do peixe promovem uma maior saciedade". Evitar as peças fritas, muito comuns nos menus e nos combinados servidos, é outra das estratégias a adotar para garantir que faz uma alimentação mais saudável e menos calórica.
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