Movimentos repetitivos, posturas incorretas e estáticas, estar de pé ou sentado, na mesma posição, muito tempo, exposição a vibrações ou a ambientes com má iluminação, temperaturas baixas ou a movimentação de cargas, especialmente quando isso induz a movimentos de torção e de flexão, podem trazer consequências para o seu melhor ativo, os seus colaboradores.

Consequências que podem ser traduzidas em custo monetário para as entidades patronais e também para os sistemas de saúde, uma vez que os problemas de saúde variam entre dores ligeiras a situações clínicas mais graves, que exigem dispensa do trabalho ou tratamento médico. Em casos mais crónicos, podem mesmo levar à incapacidade e à necessidade de deixar de trabalhar.

Em Portugal, ainda é desconhecido o impacto causado pelas doenças do sistema músculo-esquelético, no entanto, estima-se que estas possam afetar cerca de 30% da população.

“Não há mais nada a fazer” pode ser uma frase muito dolorosa de ouvir para quem está em idade ativa, não quer viver com dor, com limitações físicas e com o sentimento de frustração. Pelo lado das empresas, o “não há mais nada a fazer” também não é solução, pois traduz-se numa diminuição da produtividade, em não poder contar com os seus ativos a 100%, por ter ativos com faltas justificadas, atestados, certificados de incapacidade temporária. Em última análise por pedidos de indemnizações.

Na busca pela garantia das melhores condições de saúde no local de trabalho, muitas empresas optam por aderir a programas de saúde para manter os colaboradores mais saudáveis e produtivos.

Ao tomar esta decisão, a empresa demonstra real preocupação para com os seus colaboradores, ao mesmo tempo que assegura o bom rendimento da Organização, dado que, através destes programas, é possível diminuir as doenças ocupacionais e ter colaboradores mais capazes para responder à missão e objetivos.

Um programa de saúde pode passar por ter um médico a tempo inteiro, ou nalguns dias, e ou ter protocolos com entidades que permitam o acesso a tratamentos, como aqueles que são necessário sempre que estamos na presença de lesões músculo- esqueléticas.

As lesões músculo-esqueléticas, quando não diagnosticadas e tratadas atempadamente, de que são exemplo as tendinites, nomeadamente a tendinopatia cálcica, ombro doloroso/congelado, fasceíte plantar/esporão, dedo em mola/gatilho, dores no cóccix (coccigeodinia), infiltração articular ou tendinites do tendão rotuliano e de Aquiles, podem levar a importantes consequências físicas, psicológicas, familiares, sociais e económicas.

Há remédio para esta dor?

Nos últimos anos, com a evolução da medicina, tem sido evidente a progressão dos tratamentos minimamente invasivos, a partir da imagem, ecografia, que aqui assume extrema importância.

Ou seja, a radiologia de intervenção é cada vez mais uma alternativa a outras terapêuticas, nomeadamente as que implicam intervenção cirúrgica. Aqui os procedimentos destacam-se por serem realizados sem aparato cirúrgico. As intervenções são realizadas em ambulatório (sem internamento), por médico radiologista especializado, que recorre a anestesia local, o que traduz custos mais baixos ou tempos de intervenção reduzidos e consequentemente maior conforto para o doente e recuperação pós-intervenção imediata (tendo em conta a doença).

Proporcionar aos seus melhores ativos o acesso a consulta/tratamento com recurso a radiologia de intervenção é ter colaboradores motivados, que não precisam viver dependentes de analgésicos e anti-inflamatórios. É ter colaboradores produtivos e sobretudo felizes no seu posto de trabalho.

Um artigo das médicas Madalena Pimenta e Rita Fontes de Oliveira, especialistas em Radiologia de Intervenção no Centro de Inovação Médica.