Embora a incontinência urinária nem sempre esteja associada à idade, as alterações hormonais ligadas à menopausa favorecem um relaxamento da tonicidade muscular do períneo. A incontinência pode, então, resultar de uma situação de esforço, de um estímulo emocional ou transformar-se numa sensação recorrente de urgência em urinar. Um problema que tende a afetar milhares de mulheres nesta fase da sua vida.
Como acontece?
A incontinência pode surgir durante um esforço. Pode, por exemplo, manifestar-se depois de uma simples corrida para apanhar o autocarro ou numa situação de riso ou tosse. Mas também pode surgir por imperiosidade, uma vontade de urinar com frequência, sobretudo durante a noite. Outra possibilidade é a vontade de urinar ocorrer durante uma situação emocional, ao ouvir o barulho de água a correr ou durante as relações sexuais.
O que fazer?
Nunca é tarde demais para agir. Os tratamentos hormonais de substituição próprios da menopausa e a reeducação dos músculos do períneo podem oferecer uma solução eficaz. Em alguns casos, pode também ser proposta uma intervenção cirúrgica. Nos Estados Unidos da América, um estudo desenvolvido pela Duke University enaltece os benefícios da injeção de botox no tratamento do problema.
De acordo com os autores da investigação, tornada pública em outubro de 2016, o recurso à toxina botulínica, nome por que também é conhecido, 20% das 364 voluntárias que se submeteram a um tratamento experimental conseguiram libertar-se deste incómodo. 35% dessas mulheres foram, no entanto, pouco depois, vítimas de infeções urinárias. Uma situação inesperada para a qual os cientistas procuram encontrar a causa.
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