A diarreia do viajante é uma das principais causas de doença nos viajantes internacionais, atingindo 20 a 50% dos indivíduos.
Pode originar-se a partir da ingestão de água e ou alimentos contaminados, podendo ser grave em indivíduos com características especiais como crianças, grávidas, idosos ou pessoas com doenças crónicas.
A diarreia é evitável, não inevitável. A melhor forma de prevenção passa pela ingestão de alimentos e bebidas seguros, aprendendo a seleccionar os mais adequados e menos susceptíveis de causar doença.
Ter uma alimentação saudável quando se viaja, significa que nem sempre pode comer “quando”, “onde” e “o que” se quer.
Que precauções deve ter o viajante internacional para evitar bebidas e alimentos pouco seguros?
- Beba água só de garrafa, devendo esta ser descapsulada apenas no momento em que é servida;
- Evite o gelo e/ou bebidas com gelo;
- Prefira o leite ultrapasteurizado (UHT). Em alternativa, beba leite pasteurizado (leite do dia), fervendo-o antes de o ingerir;
- Evite beber leite em natureza ou não pasteurizado;
- Se preparar leite em pó, utilize apenas água engarrafada;
- Evite sumos de frutos comprados em vendedores ambulantes;
- Evite os alimentos crus, dando preferência aos alimentos bem cozinhados: considere apenas os alimentos cozinhados como seguros quando recentemente preparados e servidos quentes (não guardados e reaquecidos);
- Evite alimentos cozinhados que tenham sido mantidos à temperatura ambiente durante várias horas;
- Evite saladas e legumes crus, a não ser que seja possível a sua lavagem com água segura e desinfeção;
- Prefira frutos que possam ser descascados;
- Evite frutos cujo exterior não esteja intacto;
- Evite pratos que contenham ovos crus ou mal cozinhados e natas;
- Evite alimentos adquiridos em vendedores ambulantes (incluindo gelados);
- Prepare-se para recusar alimentos e para se queixar quando/ se apropriado;
- Verifique sempre que possível os prazos de validade dos alimentos embalados que consome;
- Evite lavar os dentes com água pouco segura.
As explicações são da médica Gabriela Saldanha, do Centro de Vacinação Internacional do Porto.
Comentários