A prevenção da bexiga hiperativa está diretamente relacionada com os fatores de risco pois a doença pode surgir através de fatores ambientais ou como consequência do surgimento de outras patologias, entre outras causas.
No entanto, existe toda uma terapia comportamental, que pede algumas preocupações e, por vezes, mudanças no estilo de vida que podem evitar o aparecimento desta doença.
A mudança no estilo de vida do doente com bexiga hiperativa, um problema que afeta mais de um milhão de portugueses, é também o primeiro passo para o controlo dos sintomas da doença:
- Controlo da dieta, evitando o chá, café, chocolate e bebidas alcoólicas
- Seguir a medicação
- Manter a regularidade do funcionamento do intestino, com um aumento da ingestão de fibras e de probióticos
- Promover um peso corporal adequado
- Deixar de fumar, pois o fumo irrita os músculos da bexiga
- Tentar fazer um treino da bexiga
- Espaçar a micção com cada vez mais tempo e beber apenas o indispensável para repor as perdas
A bexiga hiperativa tem um impacto social muito importante, com comprometimento físico, social e psicológico nos doentes, o que explica a importância do tratamento precoce. Atualmente, e em grande parte devido aos muitos preconceitos que ainda existem, há pessoas que levam anos a procurar ajuda.
Adiar a procura de ajuda médica é uma opção que prejudica o tratamento pois, quanto mais cedo a patologia é tratada, mais hipóteses de sucesso existem. E, apesar do resultado poder ser imediato ou ter necessidade de adaptação, há sempre melhorias acentuadas.
O diagnóstico da doença é complexo e deve ser feito de forma cuidadosa, de modo a evitar tratamentos desnecessários ou incorretos, que podem piorar o quadro da paciente e comprometer a terapêutica adequada.
Os principais métodos de deteção da bexiga hiperativa são:
Exame clínico
Reproduz e caracteriza a perda urinária, descarta alterações neurológicas e identifica distopias e outras afeções pélvicas.
Este tipo de exame deve ser feito com o paciente em posição ginecológica e ortostática, preferencialmente com a bexiga cheia e inclui uma avaliação abdominal, pélvica e perineal.
Exame neurológico da região lombossacra
Deve pesquisar sinais sugestivos de espinha bífida, cicatrizes ou deformidades da coluna vertebral. O exame inclui a análise da sensibilidade perineal e dos membros inferiores, bem como alterações da marcha e de força muscular.
Exame de urodinâmica
Estuda fatores fisiológicos e patológicos envolvidos no armazenamento, transporte e esvaziamento de urina no trato urinário inferior (bexiga e uretra). A urodinâmica é considerada o eletrocardiograma da bexiga e é feita com equipamentos computadorizados ligados a duas pequenas sondas previamente colocadas na uretra do paciente e outra pequena sonda introduzida pelo ânus.
Diário miccional
Além de fornecer informações a respeito do tipo e da severidade dos sintomas tem-se mostrado útil para avaliar os efeitos do tratamento. Durante o preenchimento do diário, a paciente é orientada a anotar a frequência miccional (diurna e noturna), volume líquido ingerido, volume urinado, números de perda urinária, episódios de enurese noturna (urina na cama), urgência miccional ou perda durante relação sexual, bem como a quantidade de absorventes utilizados diariamente. A duração do diário miccional pode ser de três, cinco ou setes dias.
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