Não reconhecem o seu trabalho na empresa onde trabalha? Não sente que o seu trabalho é importante? Não consegue medir os seus progressos dentro da empresa? Se respondeu sim, está perante «os três sinais de um emprego miserável», anonimato, irrelevância e imensurabilidade, apontados por Patrick Lencioni, consultor, no livro com o mesmo nome. Por outras palavras, está na altura de mudar, o que pode ser feito na empresa actual ou passar pela mudança de emprego.
Tal Ben-Shahar aconselha-a a começar este processo colocando (mais) três perguntas. O que tem significado para si? O que gosta realmente de fazer? Quais são as suas qualidades? As respostas a estas perguntas são importantes para encontrar uma actividade que a preencha. «Não é apenas mais feliz quando escolhe uma atividade de acordo com estes critérios, como terá mais sucesso», explica o professor de Harvard.
A explicação é simples. «Pois conseguirá ultrapassar mais facilmente as dificuldades e focar-se na atividade [que elegeu]», assegura o especialista. Veja também a galeria de imagens com os 7 (maus) hábitos que roubam tempo e energia no trabalho.
Saber negociar
Mude então o que estiver ao seu alcance e fale com os seus superiores, mostrando-lhes que se estiver feliz será mais produtivo. Se já tentou esta via e não deu resultado, então comece a sondar a sua rede de contactos para dar o salto. Para Pierre Ferbus, key account manager da Transitar Lee Hecht Harrison, empresa de outplacement, a melhor estratégia é manter-se sempre atenta ao mercado mesmo que se encontre satisfeito.
«Geralmente quando as pessoas se sentem infelizes começam a procurar um emprego em desespero e, nessas situações, correm o risco de aceitar a primeira oferta que aparece», disse em entrevista à Saber Viver, no final da década de 2000. O ideal é preparar a sua saída em segurança, isto é, «poder dizer não às propostas menos interessantes para ficar com a melhor, sem pensar que não tem emprego mas tem contas para pagar», explica.
Negociar é a palavra-chave quando se pensa em mudar. «Nunca saia de um dia para o outro e, na sua demanda por um novo emprego, valorize-se. Não sou eu que preciso de um emprego, é esta empresa que precisa de mim», aconselha Pierre Farbus. Pesquise nos media, participe em fóruns e seminários, mantenha a sua rede de contactos sempre atualizada e aposte num curriculum vitae visual, fácil de ler e focado para o emprego que quer. Para o emprego que o vai fazer feliz!
Texto: Nazaré Tocha e Rita Caetano com Adelino Cunha (consultor), Amy Wrzesniewski (professora de comportamento organizacional), Gil Schwartz (vice-presidente executivo de comunicações da CBS), Keith Ferrazzi (CEO da Ferrazzi Greenlight), Pierre Farbus (key account manager da Transitar), Lee Hecht Harrison Richard Templar (consultor), Sandra Costa (coach) e Tal Ben-Shahar (professor de psicologia positiva)
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