Na hora de investir, 58% dos portugueses usam a banca tradicional como intermediário. Além disso, 48% usam-na em exclusivo, ou seja, não utilizam mais nenhum meio além deste.

As mulheres são quem mais prefere este tipo de intermediário, representando 31% da amostra (contra 27% de homens).

Todos os outros intermediários estão a uma distância considerável: 23% usam plataformas de investimento, 14% corretoras online e apenas 8% recorrem à banco de investimento.

Estes dados foram revelados pelo Barómetro Doutor Finanças Hábitos Financeiros, realizado em parceria com a Universidade Católica

49% investe sem ajuda

Quase metade dos inquiridos (49%) disse que investem sozinhos, sem pedir a ajuda de ninguém, sendo os homens aqueles que mais recorrem a esta estratégia (28% investem desta forma).

Já quando precisam de ajuda, os portugueses viram-se, mais uma vez, para a banca tradicional (19%), a que se seguem os conselhos de amigos e familiares (13%) e só depois um gestor financeiro (10%).

Quase metade das pessoas nunca investiu

O estudo mostra ainda que apenas 52% dos inquiridos investem ou já investiram, sendo os depósitos a prazo o produto mais procurado (29%). Além disso, 17% das pessoas investe exclusivamente neste tipo de produto, o que acaba por revelar que os portugueses têm um perfil de investidor mais conservador.

Esta característica pode ainda ser reforçada pelo facto de o segundo investimento mais procurado ser também de capital garantido: os certificados de aforro (15%).

Seguem-se as ações (10%) e outros produtos, como imobiliário (11%) e fundos de investimento (9%). Por fim, 4% já investiu em criptoativos.

Entre os inquiridos, 42% apontam o nível de segurança dos ativos como principal razão para investir. A rentabilidade ocupa o segundo lugar, mas bem longe do primeiro motivo (22%).

Ao contrário de outras características do investidor português, não existem grandes disparidades estatísticas entre sexos, o que mostra que o género não influencia diretamente a escolha dos produtos de investimento.