No mundo das finanças pessoais, regra geral, recomenda-se pôr de parte toda ou a maioria de qualquer renda extra que se receba. Supõe-se que com o salário consiga cobrir, pelo menos, as suas necessidades principais e o restante deve poupar, para salvaguardar alguma despesa adicional ou investimento no futuro.

No entanto, a realidade nem sempre é esta e os pagamentos extras vão tão rapidamente quanto chegam. Aparecem na sua conta geralmente em dois períodos-chave do ano em que as despesas se multiplicam: verão e natal. Muitas pessoas investem tudo numas boas férias ou em presentes para a família.
 
O ideal seria não incluir os pagamentos extraordinários no seu esquema de gastos anuais, e sim colocá-los de parte, pelo menos uma percentagem. Desta forma, será capaz de iniciar a máquina de poupança e começará a ver o seu mealheiro engordar a pouco e pouco. 
 
Para evitar que o dinheiro voe, siga estas dicas da Adecco:
 
1. Guarde sempre uma parte
Mal receba um valor extra faça uma transferência para a sua conta poupança. Assim, evita cair em tentações e garante alguma economia. Neste caso, o mais complicado é decidir qual a percentagem que pretende pôr de parte, pelo que é recomendável pelo menos 30% e ir aumentando o máximo possível.
 
2. Planifique as suas despesas
A chave para poupar é planear e saber muito bem quais as despesas que terá em cada momento. Logicamente, podem surgir imprevistos, mas isso deve ser pontual. Por exemplo, quando recebe o subsídio de férias, precisa de ter clareza sobre a quantia exata que vai receber e quanto precisará para as suas férias. Dessa forma, pode calcular se pode poupar esse valor ao longo do ano e deixar o pagamento extra intacto.
 
3. Faça orçamentos
Está intimamente relacionado ao planeamento, mas fazer estimativas dar-lhe-á uma ideia precisa do dinheiro que precisa para cada ocasião: feriados, presentes, jantares de Natal… Determine uma quantia para os diferentes itens, como se de uma empresa se tratasse, e siga-a com rigor, controlando bem os gastos. Para que o valor extra não se desvaneça, é essencial manter o seu orçamento e não gastar mais do que o estipulado.
 
4. Não vá diretamente às lojas
Na altura de receber o subsídio de férias chegam as promoções de julho, o que também acontece em janeiro, pouco depois do subsídio de natal. Os saldos podem fazer o seu planeamento ir abaixo mais rapidamente do que possa imaginar. Para evitar que tal aconteça, tente não visitar as lojas ou faça uma lista com o que realmente precisa. Compare preços e obtenha a melhor oferta, mas não caia em despesas desnecessárias.
 
5. Não se deixe levar pelos impulsos
É normal que, quando recebe dinheiro extra, sinta a vontade de comprar uma nova televisão ou fazer uma viagem…satisfazer um desejo seu. Pense se é algo que realmente precisa nesse momento ou, quiçá, se poderá realizá-lo poupando um pouco e sem recorrer a esse extra. É bom presentear-se a si mesmo de tempos em tempos, mas tente sempre fazê-lo sem causar um impacto negativo nas suas finanças pessoais.
 
Como pode verificar, poupar o valor dos seus subsídios de férias e de natal consiste em trabalhar o seu auto controlo e em ser muito mais organizado no que respeita às suas finanças. Não se trata de fechar totalmente a “torneira” e de não se permitir a caprichos, mas sim equilibrar a balança.