Além da mortalidade estimada pela OMS, segundo dados deste ano, os custos diretos na saúde com os danos provocados pelas alterações climáticas vão situar-se nos dois a quatro mil milhões de dólares (1.700 milhões a 3.500 milhões de euros) por ano a partir de 2030.
O aquecimento global está a afetar os oceanos, a propagar doenças entre animais e humanos e a ameaçar a segurança alimentar em todo o planeta, refere um relatório científico da União Internacional para a Conservação da Natureza.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alerta que o mundo "corre o risco de perder a corrida" face à aceleração das alterações climáticas e vincou a "falta de ambição suficiente" para concretizar as metas internacionais.
A ONU frisa algumas consequências do aquecimento global, mencionando o cenário da seca vivido em Portugal nos últimos anos.
As mudanças causadas pela concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera da Terra têm também consequências económicas: enriqueceram países como a Noruega ou a Suécia mas reduzem o crescimento económico de outros como a Índia ou a Nigéria, diz um estudo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Nas últimas décadas, a emissão de gases antropogénicos tem vindo a contribuir para a depleção do ozono estratosférico o que faz aumentar a incidência de cancro da pele, lesões oculares e diminuir a atividade do sistema imunitário. O aumento de temperatura em 0,75º C tem vindo a afetar a saúde em muitas sociedades, designadamente através de ondas de calor, inundações e tempestades, provocando mortos e feridos. Estima-se que na Europa a mortalidade aumenta 1% a 4% por cada aumento de um grau de temperatura.
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