Se as suas flores nem sempre se dão bem no local onde as coloca, sombra e pouca água podem ser uma solução. Teresa Pinto, leitora da revista Jardins, já o descobriu. "Uma vez que me mudei recentemente para uma casa com imenso espaço para a prática de jardinagem, há uns tempos não resisti em comprar três vasos de lindos ciclames e, aconselhada pela vendedora, coloquei-os no interior, num local muito iluminado, sem sol direto, com o cuidado único de os regar pouco", justifica a assistente administrativa.
"Passado uma semana, todas as flores da planta estavam murchas, tombadas por completo, abaixo do nível superior da bordadura dos vasos. Num rasgo misto de raiva e de desespero, porque já não era a primeira vez que isto me sucedia, decidi desistir de lutar pelos ciclames e coloquei-os lá fora ao sabor de todas as intempéries, numa altura de mau tempo, de frio e até de chuva em excesso. Confesso que os abandonei", desabafa a vimaranense. Algum tempo depois, teve, no entanto, uma agradável surpresa.
Nem sequer tinham passado muitos dias quando foi confrontada com uma reação inesperada e muito entusiasta. "Já não pensava nos ciclames quando o meu filho de cinco anos, passadas duas semanas, veio ter comigo a correr, a gritar", recorda. "Mamã, não vais acreditar", disse-lhe. "Levada por ele, não consegui esconder a emoção que senti ao contemplar os meus ciclames robustos, cheios de vida e de cor", confidencia. "Com que então, pouca água", pensou de imediato. "E assim se têm mantido. Encontram-se agora num local de sombra completa e continuam cheios de flor, ao contrário de muitos que vejo por aí", assegura Teresa Pinto.
Os ciclames estão, no entanto, longe de ser as únicas variedades botânicas que se privilegiam locais menos soalheiros e preferem regas menos espaçadas. As hortênsias, as rodgersias, os bordos-do-japão, as heucheras, as azáleas-nipónicas e as hostas, uma planta herbácea, rizomatosa e de folhagem ornamental, originária da China, da Coreia do Sul e do Japão também se adequam a esses espaços. As camélias, as liríopes, as andrómedas, as begónias, os heléboros e as heras são outras das opções a considerar.
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