A masturbação feminina é uma forma da mulher dar prazer a si própria, com o fim de atingir o orgasmo, quer seja por estimulação do clítoris ou pela penetração profunda na vagina usando os dedos ou um vibrador ou de outro brinquedo sexual. Apesar de ser um dos atos mais sensuais numa mulher, a masturbação feminina continua a ser alvo de muitos preconceitos quer por parte dos homens quer das próprias mulheres.
Segundo um estudo, cerca de 58% das mulheres não se masturba e, das que o fazem, 47% sentem-se culpadas e envergonhadas por o fazer. "A masturbação contribui para que a mulher conheça melhor o seu corpo e para que consiga relações sexuais mais satisfatórias com o seu parceiro, dando a conhecer-lhe quais os locais onde obtém maior prazer", afirma Stam Poupalos, especialista na clínica online 121doc.
Ao contrário da masculina, que se inicia nos primeiros anos da adolescência e se prolonga em muitos casos durante toda a vida adulta, incluindo o período do casamento, com muitos homens a admitir continuar a fazê-lo, a masturbação feminina tende a começar mais tarde e não é uma atividade tão mecanizada como a dos homens, sendo menos frequente e nem sempre culminando no clímax.
Como proceder?
A excitação feminina é mais complexa do que a masculina, exigindo por vezes que se crie um clima mais intimista de transição da rotina diária. Enquanto algumas mulheres conseguem sentir-se excitadas muito facilmente, para outras é necessário um pouco mais de investimento para criar o ambiente necessário à masturbação. O primeiro passo para a obtenção do prazer é relaxar e assegurar a sua privacidade.
Coloque o seu telefone sem som e tranque a porta para evitar ser incomodada. O sossego é, segundo o especialista, fundamental, para garantir o sossego. Algumas mulheres gostam de pôr a sua música favorita a tocar e acender algumas velas para que se sintam mais à vontade. No que diz respeito ao prazer, para a maioria é mais fácil obter o orgasmo pela estimulação do clítoris do que por via vaginal.
O clítoris, um órgão sexual feminino, situa-se na junção dos lábios vaginais e, tal como o pénis nos homens, aumenta de tamanho quando se sente excitada. A estimulação do clítoris é feita pelo seu toque, sendo que a sua estimulação indireta, na área circundante, é a que fornece mais prazer. Aconselha-se uma massagem lenta e suave, aumentando a sua intensidade à medida que se aproxima o clímax, reduzindo lentamente a estimulação após atingir o orgasmo. Por outro lado, a estimulação vaginal leva ao orgasmo pelo contacto com o chamado ponto G, o ponto de Gräfenberg, a zona mais erógena da vagina.
O ponto G está localizado no interior da vagina, na sua parede frontal entre três a quatro centímetros após a sua entrada e apenas se torna saliente quando está sexualmente excitada. A sua estimulação pode ser feita com os dedos ou recorrendo a brinquedos sexuais como vibradores, alguns especialmente concebidos para a estimulação desta zona. Nas sex shops são muitos os modelos disponíveis.
A masturbação feminina é saudável?
A resposta é afirmativa. "Sim", confirma Stam Poupalos. Apesar de, para muitas pessoas, a masturbação feminina continuar a estar associada a algo impuro e ser classificada como um acto imaturo, a maioria dos profissionais médicos e terapeutas sexuais, ressalva o seu papel importante na vida sexual da mulher. A masturbação deve ser encarada com normalidade e é algo que a maioria das mulheres faz.
De acordo com muitos especialistas, este ato de prazer individual ajuda-as a conhecer melhor o seu corpo e a sua resposta a diferentes estímulos sexuais, pelo que se assume como o complemento ideal de uma sexualidade conjugal, como também referem vários estudos. Os principais cuidados assentam em evitar objetos cortantes ou demasiado grandes que possam causar dano nos órgãos sexuais femininos.
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