A cortiça portuguesa vai ser promovida na feira de moda GDS - Global Destination for Shoes & Accessories Düsseldorf, na Alemanha, que arranca no início de fevereiro. A empresa Najha, que trabalha este material, marca presença no certame de exposição de calçado e acessórios, que decorre entre os dias 4 e 6 de fevereiro. A convite do representante da entidade organizadora do evento em Portugal, a empresa, que está inserida na comitiva portuguesa de novos talentos, irá apresentar a sua nova linha de outono/inverno 2015/2016, intitulada «Magia».
«Esta coleção é brindada por estilos novos tanto em bolsas como em calçado, linhas clássicas misturadas com um toque aventureiro adequado ao quotidiano. Uma nova forma de ver a moda. Um misto de cores que caracterizam as coleções Najha, como é o caso dos tons naturais, laranja, azul, verde suave, amarelo e o já habitual padrão florido. Nesta coleção a grande novidade é a inserção de dourado e prateado na própria cortiça, conferindo-lhe um toque mágico», disse à Saber Viver Daniela Sá, diretora criativa e mentora da marca.
É a primeira vez que, enquanto empresa, a Najha se faz representar nesta feira. «Neste formato e estando a marca inserida no New Talents é uma estreia. Contudo, eu já participei anteriormente na GDS quando finalizei a minha formação em Projeto de Moda no CFPIC, Centro de Formação Profissional para a Industria do Calçado. Nessa altura, surgiu a oportunidade de estar num stand e, assim, apresentar aquela que foi a primeiríssima coleção Najha», refere Daniela Sá. Pop Up The Urban Groove, Highstreet The Moderne Pulse e Studio The Premium Note são os três antros que acolhem as novas propostas.
A Najha irá estar presente neste último espaço de exposição, dedicado às marcas premium inseridas no mercado de luxo. «É neste espaço que se definem tendências. Estão presentes marcas de autor, dedicadas ao design, trabalho artesanal e perfecionista. Enquanto feira incontornável do sector, a GDS é mais do que um ponto de encontro dos mais importantes produtores e compradores de calçado e acessórios de moda. Destaca também as mais importantes tendências do mercado, focando os mais influentes desenvolvimentos deste setor», acrescenta ainda.
As expetativas da empresa portuguesa
Numa feira com uma visibilidade acima da média, as expetativas da marca portuguesa poderiam ser grandes, mas Daniela Sá prefere não entrar em grandes entusiasmos. «Sinceramente, não estão a ser criadas grandes expectativas. Vai ser apresentado o conceito Najha, a marca e a nova coleção. A marca tem três objetivos e um grande objetivo. Os três objetivos são dar a conhecer ainda mais a marca, obter contactos que possam trazer frutos para a internacionalização da marca e não apenas no mercado Alemão e, obviamente, fazer vendas imediatas, mas sem quantificação. O grande objetivo é desfrutar do momento e da oportunidade de estar presente numa feira com a dimensão da GDS, tendo a Najha exposta ao mundo», assegura.
Apesar de pouco, a empresa já vende para o mercado alemão. «Já são feitas exportações para a Alemanha mas ainda têm um peso pouco significativo, representando cerca de 5% de toda a facturação», refere Daniela Sá. «É uma colaboradora portuguesa, a viver há muitos anos na Alemanha, que tem vindo a dar a conhecer a marca e a iniciar a inserção da Najha no mercado. Tem sido um trabalho de bastante pesquisa e de fidelização do cliente, que se mostra interessado pela marca e pela cortiça portuguesa», afirma ainda a diretora criativa da marca.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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