Num tempo verdadeiramente recorde, em apenas 48 horas -, a equipa responsável pela renovação do espaço fez o ‘milagre’: uma garrafeira a 'sério', com dezenas de novas referências; um fogão e uma cozinha totalmente novos, com mais capacidade para uma equipa residente também maior.
“As principais renovações foram ao nível da imagem”, explica o cozinheiro, que pretendia que o resultado fosse “um espaço com todas as condições essenciais para a produção, mas com um ar renovado”. No entanto, "o objetivo maior foi o de criar melhores condições para quem trabalha ali e para os clientes, que saem sempre beneficiados com estas melhorias", acrescenta Alexandre Silva
Quanto ao menu, mantém-se os incontornáveis pratos de “cozinha nacional, onde se elevam os sabores tradicionais a um outro nível”. É um menu de mercado, simples, de rápida execução, com a qualidade e o sabor que sei que as pessoas gostam. Uso elementos de que gosto muito de comer e trabalhar, inseridos num contexto de food corner”.
A valorização do produto português é a ponte entre este ‘canto' e o LOCO, o conhecido restaurante uma estrela Michelin do chefe Alexandre Silva, na Estrela. “Temos a sorte de viver num clima temperado e temos de aproveitar o que o nosso país tem de melhor, como produtos com as características que quer os cozinheiros quer os clientes procuram”. Exemplos? “A barriga de porco, um sabor tipicamente português, aqui cozinhado de forma a realçar os sabores da carne” (e que, no caso, vem acompanhada de puré de ervilhas e couve pak-choi — 10,5 euros).
Mas há outros pratos, que já se tornaram best sellers, e que podem criar indecisão na hora de se escolher o que provar: o Bacalhau “à lagareiro” com batata a murro e grelos salteados (13,50 euros), o Pica-pau de atum com batata doce, mel, pickles e kimchi (10,00 euros) ou o Salmão curado com puré de couve-flor, sésamo e pickle de limão (8,60 euros), por exemplo.
A Perna de pato confitada acompanha com mel, laranja e tomilho, puré de cherivia - imperdível - e agrião (14,00 euros), e a Hamburguesa de boi traz queijo da ilha, compota de cebola roxa e batatas fritas rústicas (9,90 euros). Nos doces, há Papos de anjo com puré de maçã raineta assada (4 euros), Bolo húmido de chocolate com caramelo salgado e gel de lima (4,00 euros) e, para quem não dispensa fruta no final da refeição, há a Banana caramelizada com espuma e crumble de amendoim e toffee (4,00 euros).
É certo que no Mercado não se serve a comida do LOCO, mas muita da inspiração vem de lá, assim como o pão e as manteigas, que são produção da casa.
Mas, afinal, o que explica o fenómeno Alexandre Silva no Mercado? O chefe aponta a “capacidade de dar resposta a todos os pedidos (e são mesmo muitos) sempre com os mesmos padrões de sabor e qualidade” e, claro, “o trabalho da equipa: as pessoas que trabalham neste espaço são todas muito descontraídas e muito profissionais. Por maior que seja a intensidade do trabalho, estão sempre bem-dispostos. E não há nada melhor que visitarmos um espaço em que o staff nos consegue fazer sorrir!”
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