“Quando comemos, viajamos”. É desta forma que começa esta viagem de muitas latitudes e longitudes às mais importantes cozinhas de todo o mundo, narrada por Mina Holland. A jornalista do Guardian foi da Índia às Caraíbas, da Escandinávia à Coreia, à procura dos melhores pratos, restaurantes e vinhos. No regresso Mina Holland trouxe mais de cem receitas, muitas histórias e encontros. Matéria suficiente para escrever “O Atlas Gastronómico” (edição Leya).

A autora esmerou-se nos condimentos. Nas mais de 400 páginas deste título encontramos receitas tão diversas como o ceviche peruano ou o dream cake dinamarquês. Argumentos à leitura também não faltam, com textos de grandes escritores, como peruano Mario Vargas Llosa, da indiana Arundhati Roy, ou do português José Saramago.

Em “O Atlas Gastronómico” as viagens são sempre regadas por vinhos de eleição (dos californianos aos neozelandeses) e acompanhadas dos pratos tradicionais de cada região (a tortilha espanhola, o caril de legumes tailandês); mas as receitas, essas são quase sempre de chefe, desde o Gaspacho andaluz, na versão de José Pizarro, à Açorda de Bacalhau à Alentejana, com assinatura de Nuno Mendes.

São 39 cozinhas internacionais, polvilhadas de conselhos práticos (onde comprar os ingredientes exóticos, por exemplo), e muitas histórias.

Um livro para aventureiros culinários, e não só, que chega aos escaparates com o preço de 15,90 euros.