
Há vários riscos potenciais. Como se sabe, qualquer procedimento cirúrgico não está isento de complicações. Há que considerar principalmente o correto processo de avaliação do doente no período pré-operatório, o que, na rinoplastia, pode integrar e vertente funcional, tornando-a numa intervenção mais complexa.
O risco de infeções destaca-se quando falamos em segurança, quer pela possibilidade de contrair doenças infeciosas em países cuja prática de controlo de infeções não se pauta pelos critérios que observamos em Portugal, nomeadamente se houver necessidade de uma transfusão de sangue, quer pelos processos de esterilização do material cirúrgico, para o qual existem, entre nós, determinações relevantes, aos níveis de métodos e recursos.
O risco aumentado de formação de coágulos nas viagens aéreas, feitas antes da data recomendada, deve também ser tido em conta.
A viabilidade de acompanhamento pré e pós cirúrgico adequado, por uma equipa qualificada, numa instituição com meios, sobretudo em caso de complicações, é, provavelmente, a questão mais sensível.
É frequente, nos casos em que sou procurado para rinoplastias de revisão realizadas no estrangeiro, perceber o notório desconhecimento que o paciente tinha das condições em que iria realizar o procedimento.
Um artigo do médico Filipe Magalhães Ramos, otorrinolaringologista diretor da clínica FMR.
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