Mas, demasiadas vezes acabamos por ser “traídos” pela nossa insegurança e, sempre que isso acontece, os nossos desempenhos ficam aquém de tudo aquilo que são as nossas verdadeiras competências. Porque quando nos deixamos dominar pela insegurança, gera-se mais contenção emocional, menos fluência verbal e mais inibição intelectual, o que acaba por contaminar o nosso rendimento, as nossas relações e o nosso bem-estar.

Por tudo isto, é essencial trabalharmos no sentido de nos autoconhecermos para que, a partir daí possamos ficar mais seguros de nós próprios e das nossas potencialidades. Assim, para que, cada vez mais consiga sentir-se seguro de si é essencial:

Explorar as suas fragilidades - ao tornar consciente quais são as suas fragilidades, pode tomar ações concretas no sentido de as inverter e, para além disso, em tempo real não é apanhado de surpresa perante um desafio o que facilita o controlo da insegurança;

- Desenvolver a autoconfiança - apesar de todos termos fragilidades, também temos coisas boas que nos distinguem e diferenciam dos outros. Por isso, procure sempre descobrir os seus pontos positivos, utilizá-los a seu favor e orgulhar-se deles, para que a sua autoconfiança saía reforçada e a sua segurança também.

- Olhe em perspetiva para as suas conquistas - muitas vezes, não damos a importância suficiente a tudo aquilo que já alcançámos no passado. Para nos sentirmos seguros de nós próprios, é muito importante sermos capazes de reconhecer as nossas conquistas do passado e de as termos presentes. Sendo um motor que nos impulsiona para as novas conquistas.

- Adquirir estratégias de gestão emocional - aprender a traquilizar-se em situações desafiantes ou de conflito recorrendo, por exemplo, à respiração ou à alteração do pensamento. Assim, perante as circunstâncias, mesmo que a insegurança continue presente, será capaz de lidar com ela de forma diferente e de se sentir capaz.

Desta forma, para que a insegurança deixe de ser um sentimento constante que tantas vezes acaba por nos “sabotar”, é essencial que periodicamente sejamos capazes de fazer balanços internos que nos permitem olhar para tudo aquilo que estamos a ser, para as nossas potencialidades e para as nossas fraquezas.

A partir daí, reorientarmo-nos para aquilo que queremos ser, encontrarmos o nosso centro e sentirmo-nos seguros de nós próprios, enfrentarmos os desafios e relacionarmo-nos connosco e com os outros de forma cada vez mais positiva e saudável.

Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.