- "RNA mensageiro", a vanguarda:

Estas são atualmente as vacinas potenciais que parecem as mais avançadas e que utilizam uma tecnologia inovadora, que consiste em injetar nas células humanas fragmentos de instruções genéticas chamadas RNA mensageiro, para que produzam proteínas ou "antigénios" específicos de coronavírus. Estas proteínas serão enviadas ao sistema imunitário, que então produzirá anticorpos.

- Pfizer: o grupo farmacêutico americano e o seu sócio alemão BioNTech preparam-se para solicitar à Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos uma autorização de utilização de emergência para uma vacina que poderia estar disponível até ao fim do ano. As empresas apresentaram há alguns dias resultados provisórios da fase 3 que mostram uma eficácia de "mais de 90%" nos participantes.

- Moderna: a empresa americana de biotecnologia anunciou na segunda-feira que a sua vacina tem eficácia de 94,5% e planeia produzir 20 milhões de doses até ao fim do ano.

- Tecnologia do vírus inativado, bem conhecida:

Várias vacinas apostam nesta tecnologia: os agentes infecciosos do SARS-CoV-2 são tratados quimicamente, ou por calor, para perder a nocividade, ao mesmo tempo que conservam a capacidade de provocar uma resposta imunitária. É a forma mais tradicional de vacinação.

- Sinovac: a empresa de biotecnologia chinesa iniciou um teste de fase 3 para a "CoronaVac" com milhares de voluntários, principalmente no Brasil.

- Sinopharm, outro laboratório chinês, tem dois projetos de vacinas com institutos de pesquisas chineses. O país prevê uma capacidade de produção até ao fim do ano de 610 milhões de doses por ano de várias vacinas contra a COVID-19 e o governo já autorizou o uso urgente de algumas delas.

- A empresa indiana Bharat Biotech começou a recrutar em novembro quase 26.000 pessoas para a sua "COVAXIN", desenvolvida com o apoio do governo, e aposta numa vacina disponível no primeiro semestre de 2021.

- Vacinas de vetores virais:

As vacinas de "vetor viral" usam como suporte outro vírus mais virulento, transformado para adicionar uma parte do vírus responsável pela COVID-19. O vírus modificado penetra nas células das pessoas vacinadas, que fabricam uma proteína típica do SARS-CoV-2, educando o seu sistema imunitário para reconhecer o novo coronavírus.

- AstraZeneca, grupo anglo-sueco, e a Universidade de Oxford: a sua vacina utiliza como vetor viral um adenovírus. Os resultados do teste de fase 3 são aguardados para as próximas semanas.

- Johnson & Johnson: a empresa americana iniciou dois testes clínicos da sua candidata, composta por um adenovírus modificado, uma de apenas uma dose e a outra com duas doses. Em todo o mundo 90.000 voluntários devem participar neste estudo. Os resultados devem ser anunciados no primeiro trimestre de 2021.

- CanSino Biological: a empresa chinesa desenvolveu a "Ad5-nCoV" em conjunto com o exército, uma vacina baseada em adenovírus. Os testes de fase 3 começaram no México, Rússia e Paquistão.

- Sputnik V: desenvolvida pelo Centro de Investigação em Epidemiologia Gamaleya, em parceria com o ministério russo da Defesa, esta vacina baseia-se na utilização de dois vetores virais, dois adenovírus. Os russos anunciaram recentemente uma eficácia de 92%. Porém, o Instituto Gamaleya foi acusado de romper os protocolos habituais para acelerar o processo científico. Várias políticos russos anunciaram que foram vacinados com a Sputnik V.

- Uma vacina de proteína recombinante:

- Novavax: a empresa de biotecnologia americana trabalha numa vacina chama "subunitária" recombinante. O coronavírus possui na sua superfície algumas pontas (proteínas virais) para entrar em contacto com as células e infectá-las. Estas proteínas podem ser reproduzidas e apresentadas depois ao sistema imunitário para provocar uma reação. A Novavax iniciou em setembro o teste clínico de fase 3 no Reino Unido e no fim de novembro deve começar um teste nos Estados Unidos. Dados preliminares são aguardados para o primeiro trimestre de 2021.