A Direção-Geral da Educação (DGE) enviou às escolas as novas orientações para as aulas de Educação Física, que no próximo ano letivo vão ser diferentes do habitual devido à pandemia da COVID-19.
No documento, a tutela escreve que "as opções metodológicas a adotar devem refletir as restrições impostas pela pandemia, não descurando, contudo, os princípios e os valores defendidos nos referenciais da disciplina".
Segundo a DGE, os professores deverão optar por estratégias e metodologias de ensino que privilegiem o respeito pelo distanciamento físico "de, pelo menos, três metros entre alunos", assegurando, no entanto, o cumprimento dos objetivos da disciplina.
Por isso, numa disciplina em parte marcada pela aprendizagem e prática de desportos coletivos, as atividades passam a ser, preferencialmente, individuais ou entre grupos reduzidos, simulando situações de jogo "reduzidas e condicionadas".
É ainda sugerido a adoção de "estratégias de ensino que priorizem o trabalho em circuito, possibilitando a execução de exercícios através de estações que valorizem a estabilização de grupos de trabalho com os mesmos propósitos".
No entanto, durante as aulas, que a tutela pede que decorram preferencialmente em espaços exteriores, os alunos não precisam de usar máscara, apesar de recomendado, sendo apenas obrigatório à entrada e à saúda das instalações.
Já os professores só podem dispensar o uso de máscara em momentos que impliquem a realização de exercício físico, como a demonstração de uma atividade.
As orientações conhecidas para a Educação Física têm por base, segundo a tutela, uma orientação da Direção-Geral da Saúde para a atividade física e desporto, as sugestões da Sociedade Portuguesa de Educação Física e do Conselho Nacional de Associações de Profissionais de Educação Física e Desporto.
Entre as normas de segurança sanitária, a DGE avisa ainda que se deve evitar a partilha de material e equipamentos, sem que seja higienizado entre utilizações, à semelhança dos espaços em que decorrer a aula, que devem ser limpos antes e depois de cada turma entrar.
Antes do início do próximo ano letivo, as escolas devem adaptar os espaços às novas regras de utilização, o que poderá implicar o reposicionamento ou remoção de determinados equipamentos para assegurar o distanciamento entre alunos.
Em termos curriculares, no retomar das aulas presenciais de Educação Física, que foi por muitos considerada a disciplina mais prejudicada durante o confinamento, os professores deverão fazer um diagnóstico das aprendizagens que precisam de ser aprofundadas, depois de três meses de ensino a distância.
As orientações do Ministério da Educação contemplam ainda a possibilidade de as escolas recorrem ao regime de ensino misto e, nesse caso, em Educação Física devem manter-se, sempre que possível, as atividades presenciais.
No caso do Desporto Escolar, e conforme já tinha sido avançado pela DGS, a retoma das atividades será faseada, acompanhando o previsto para o Desporto Federado, e, para já, podem arrancar os treinos ajustados em todas as modalidades, garantindo, no entanto, o distanciamento físico.
O próximo ano letivo inicia-se entre 14 e 17 de setembro, com a retoma das atividades letivas presenciais que em março foram suspensas devido à pandemia da COVID-19.
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