Numa mensagem áudio enviada à comunicação social, José Gouveia, da ADN, destacou mais uma vez a incoerência da medida “contraditória” de encerramento das discotecas, quando outros espaços com festas de passagem de ano podem abrir, e considerou que o Governo “pode dar e deve dar um passo atrás”, numa altura em que ainda não foi publicada a resolução do Conselho de Ministros sobre as medidas de combate à pandemia por ocasião do Natal e Ano Novo.
“Aquilo que nós estamos a pedir junto do Governo, e vamos continuar a pedir junto do Governo, é que esta medida, já por todos considerada contraditória, seja corrigida e que nos seja permitido abrir no dia 31 com encerramento imediato no dia 01 até novas medidas implementadas pelo Governo, porque efetivamente faz toda a diferença para estas empresas, tendo em conta que o Governo nunca conseguirá, porque nunca conseguiu até à data, dar apoio a estas empresas, apoios proporcionais às quebras de faturação. A abertura no dia 31 fará toda a diferença para a manutenção das portas abertas dessas empresas. Poderá significar o parar ou o continuar com o seu negócio”, afirmou.
José Gouveia destacou que os espaços de diversão noturna vão encerrar a partir da noite de 24 para 25 de dezembro porque “são parte da solução”, mas defende a criação “de locais seguros “para que as pessoas festejem a entrada no Ano Novo, alertando para a possibilidade de ajuntamentos sem controlo e “a criação de focos que podem ser de contágio com festas com entre 30, 40, 50 pessoas ou mais por não haver a opção das discotecas”.
Os espaços de diversão noturna vão encerrar na noite de sexta-feira para sábado e até 09 de janeiro por determinação do Governo, no âmbito de medidas de combate à covid-19.
Em contrapartida, segundo o Governo, outros estabelecimentos como hotéis e restaurantes, podem manter-se abertos, nomeadamente para festas de passagem de ano, exigindo-se que os utentes tenham um teste negativo à covid-19, quando agora é apenas exigido um certificado de vacinação.
O Governo referiu que os bares, discotecas e espaços de diversão noturna terão neste período de encerramento apoios no âmbito do ‘lay-off’ simplificado e do programa Apoiar, para ajudar a suportar os seus custos fixos.
Atualmente, os bares e discotecas - que reabriram em outubro pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19 em Portugal, após 19 meses parados – são acessíveis apenas com a apresentação de teste negativo (antigénio ou PCR) ou de certificado de recuperação, mesmo para pessoas vacinadas contra o SARS-CoV-2.
Os clientes não têm de usar máscara nestes espaços, ao contrário dos trabalhadores, segundo a Direção-Geral da Saúde.
Comentários