Portugal regista esta sexta-feira mais 47.199 casos de COVID-19 e 50 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.127 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.843.029 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 46.469 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.180.109 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 38,4% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.457 (+17), seguida do Norte com 6.121 óbitos (+16), Centro (3.539, +8) e Alentejo (1.129, = ). Pelo menos 645 (+4) mortos foram registados no Algarve. Há 170 mortes (+3) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 66 (+2) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 2.445 doentes internados, mais cinco face ao valor de ontem, e 174 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 19 face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 642.793 casos ativos da infeção em Portugal — mais 680 do que ontem — e 660.347 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 7.285 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.099.251 (+18.103), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.024.826 +13.981), da região Centro (408.393 +9.198), do Algarve (109.979 +2.200) e do Alentejo (95.313 +1.952).

Nos Açores existem 38.656 casos contabilizados (+1.191) e na Madeira 66.611 (+574).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 7.163,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 7.081,7 casos de quarta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,05, inferior aos 1,09 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,05. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.036 (+31) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.361, +9), entre 60 e 69 anos (1.849, +6) entre 50 e 59 anos (597, +3), 40 e 49 anos (206, +1) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.594 são do sexo masculino e 9.533 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 497.915 infeções (+8.398), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 452.503 (+7.990), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos 441.926 (+6.777), com. Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 367.402 reportadas (+7.984). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 347.755 (+4.197), entre os 0-9 anos soma 289.581 (+6.072) e a dos 60 e os 69 anos tem 210.652 (+2.668) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 122.902 (+1.790) e dos 80 ou mais anos, com 112.393 casos (+1.323).

Desde o início da pandemia, houve 1.329.664 homens infetados e 1.510.768 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.597 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Risco de internamento com a variante Ómicron é 75% inferior ao da variante Delta

As pessoas infetadas com a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, de acordo com um estudo realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), laboratórios Unilabs, Cruz Vermelha Portuguesa e o Algarve Biomedical Center.

"O estudo epidemiológico sobre a pandemia por COVID-19 foi realizado de forma semelhante ao de agências congéneres de Ministérios da Saúde de outros países da União Europeia e revela que, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior", explica a DGS em comunicado.

O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer. Os detalhes do estudo podem ser consultados na plataforma MedRXiv (https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.01.20.22269406v1).

"Os primeiros relatórios de estudos em animais e laboratoriais mostraram que a Ómicron poderia ser menos grave. Esses resultados foram suportados por estudos em humanos realizados no Reino Unido. No entanto, a magnitude da redução do risco de internamento e mortalidade de infeções por Ómicron em comparação com Delta ainda não tinha sido totalmente clarificada", lê-se na nota.

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