Portugal regista esta quarta-feira mais 54.693 casos de COVID-19 e 56 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.024 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.745.383 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 33.989 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.112.346 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 40,3% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.422 (+24), seguida do Norte com 6.087 óbitos (+12), Centro (3.523, +12) e Alentejo (1.128, +1). Pelo menos 638 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 164 mortes (+4) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 62 (+2) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 2.442 doentes internados, mais cinco face ao valor de ontem, e 149 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos seis face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 613.013 casos ativos da infeção em Portugal — mais 20.648 do que ontem — e 645.697 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 6.390 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.060.869 (+22.061), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (996.552 +15.613), da região Centro (389.740 +10.763), do Algarve (105.676 +2.533) e do Alentejo (91.089 +1.857).

Nos Açores existem 35.954 casos contabilizados (+1.329) e na Madeira 65.503 (+537).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 7.081,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 6.836,6 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,09 inferior aos 1,13 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,10. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.969 (+40) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.341, +10), entre 60 e 69 anos (1.838, +4) entre 50 e 59 anos (594, =), 40 e 49 anos (202, +2) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.539 são do sexo masculino e 9.485 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 480.187 infeções (+10.085), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 435.795 (+9.384), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos 427.985 (+7.241), com. Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 350.854 reportadas (+9.291). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 339.166 (+4.700), entre os 0-9 anos soma 277.004 (+7.945) e a dos 60 e os 69 anos tem 205.221 (+2.869) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 119.362 (+1.801) e dos 80 ou mais anos, com 109.809 casos (+1.377).

Desde o início da pandemia, houve 1.284.829 homens infetados e 1.458.040 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.514 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Linhagem BA.2 da variante Ómicron detetada em 57 países

A linhagem BA.2 da variante Ómicron, que alguns estudos demonstram ser mais contagiosa que a versão original, foi detetada em 57 países, revelou na terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se a variante dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez no sul de África há dez semanas.

No seu boletim epidemiológico semanal, a OMS explicou que esta variante representa mais de 93% de todas as amostras de covid-19 recolhidas em janeiro e tem como subvariantes a BA.1, BA.1.1 , BA.2 e BA.3.

BA.1 e BA.1.1 - as primeiras versões identificadas - ainda constituem mais de 96% dos casos da variante Ómicron registados no banco de dados global GISAID.

Mas existe um aumento acentuado no número de casos envolvendo a linhagem BA.2, que tem várias mutações diferentes da versão original, em particular na ligação da proteína `spike´ às células humanas.

“As sequências designadas BA.2 foram submetidas ao GISAID por 57 países até à data”, salientou a OMS, acrescentando que em alguns países esta subvariante representa agora mais de metade das amostras Ómicron recolhidas.

Veja ainda: Estes são os vírus mais letais do mundo

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