Portugal regista esta quinta-feira mais 27.651 casos de COVID-19 e 47 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

"Estima-se que os problemas verificados nos Laboratórios Germano de Sousa (GS) resultem numa quebra de casos positivos entre 5% a 10% do total de casos apresentados", informa a DGS.

Desde março de 2020, morreram 20.401 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.025.421 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 17.526 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.388.235 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 33% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.536 (+9), seguida do Norte com 6.208 óbitos (+18), Centro (3.609, +15) e Alentejo (1.142, +1). Pelo menos 658 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 174 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 74 (+2) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.366 doentes internados, menos 69 face ao valor de ontem, e 168 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais cinco face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 616.785 casos ativos da infeção em Portugal — mais 10.078 do que ontem — e 638.788 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 7.580 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.165.803 (+9.120), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.078.220 +8.520), da região Centro (443.820 +5.516), do Algarve (118.863 +1.452) e do Alentejo (103.751 +1.569).

Nos Açores existem 45.238 casos contabilizados (+901) e na Madeira 69.726 (+573).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 6.562,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,92. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,92. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.216 (+33) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.417, +8), entre 60 e 69 anos (1.873, +4) entre 50 e 59 anos (604, +1), 40 e 49 anos (213, +1) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.729 são do sexo masculino e 9.672 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 528.896 infeções (+4.509), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 481.706 (+4.295), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 467.414 (+4.160). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 399.424 reportadas (+4.913). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 364.758 (+2.568), entre os 0-9 anos soma 312.825 (+3.118) e a dos 60 e os 69 anos tem 221.789 (+1.811) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 130.319 (+1.228) e dos 80 ou mais anos, com 118.290 casos (+1.049).

Desde o início da pandemia, houve 1.412.849 homens infetados e 1.609.859 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.713 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal já doou cerca de sete milhões de vacinas contra a COVID-19

Portugal já doou cerca de sete milhões de vacinas contra a COVID-19, das quais metade foi entregue aos países africanos de língua portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, adiantou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. “O caso português é muito interessante. Nós até agora disponibilizámos praticamente sete milhões de vacinas”, disse o governante à margem de uma reunião conjunta de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Saúde da União Europeia (UE) em Lyon, França.

De acordo com Augusto Santos Silva, metade foi entregue “noutras geografias que não a de cooperação tradicional de Portugal, no resto da Europa, noutros países africanos que não são de língua portuguesa, países latino-americanos ou do Médio Oriente ou da Ásia”.

“Se a primeira metade não teve uma grande projeção internacional, porque […] foi uma doação particular de disponibilização específica num momento, num momento também ele específico, já o nosso programa de doação de vacinas aos PALOP foi e tem sido um sucesso muito reconhecido em todos esses países dos PALOP”, observou.

Augusto Santos Silva lembrou que se trata de “mais um passo de cooperação na área da saúde” com países africanos de língua portuguesa, dizendo que desde o início da pandemia Portugal tem apoiado as nações com testes, equipamentos de proteção individual, formação de profissionais de saúde e de governos civis.

“O caso português e outros casos semelhantes mostram que a nossa diplomacia púbica é tanto mais frutífera quanto mais coerente e abrangente for a nossa intervenção”, frisou.

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