Estas posições foram transmitidas por Ana Catarina Mendes no início do debate parlamentar sobre o pedido de autorização de prorrogação do estado de emergência em Portugal, por um novo período de 15 dias, até 02 de maio.
"Somos, pela segunda vez, chamados a pronunciar-nos sobre a prorrogação do estado de emergência, decretado em 18 de março. O PS volta a votar favoravelmente, porque temos consciência da excecionalidade do desafio que enfrentamos, do alcance das medidas necessárias para lhe fazer frente, e da ponderação responsável com que o Governo tem usado os instrumentos colocados à sua disposição com o propósito de combater a pandemia", declarou Ana Catarina Mendes.
Segundo a líder parlamentar socialista, durante este período de estado de emergência, "o Governo tem sabido encontrar um bom equilíbrio entre a manutenção das liberdades e as restrições que a proteção da saúde exige".
"A estratégia que adotámos tem-se revelado eficaz, também porque continuámos a confiar nos especialistas epidemiológicos e nos profissionais de saúde pública", sustentou, antes de destacar que, em Portugal, "Presidente da República, Governo, parlamento, incluindo a generalidade da oposição", demonstra-se "uma atitude de respeito pela ciência", conseguindo-se "convergências nas respostas".
Mas Ana Catarina Mendes deixou a seguir um reparo de caráter ideológico.
"Estes dias têm também evidenciado, a quem ainda duvidasse, a importância de um SNS forte e estruturado, como o nosso, um dos melhores do mundo e que tem as suas portas abertas para todas as pessoas. Têm confirmado a importância de um Estado social robusto, capaz de acudir a todos, mas, sobretudo, aos mais vulneráveis", afirmou.
Na sua intervenção, a líder da bancada socialista referiu-se depois às consequências económicas e sociais provocadas pela atual crise.
"Sabemos que há um país para reerguer, que temos pela frente um grande esforço, mas também sabemos que isso não se conseguirá com nefastas fórmulas da austeridade, que infelizmente, tão bem conhecemos", apontou.
Ana Catarina Mendes invocou a este propósito a posição do primeiro-ministro, António Costa, sobre esta matéria., advogando que "não é com austeridade que se responde a uma crise desta natureza".
"É com apoio às empresas e ao emprego. Tudo faremos para manter os empregos, que, por sua vez, manterão as empresas a laborar e que, por sua vez, ajudarão a recuperar e a estabiliza a economia portuguesa", acrescentou.
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