Em declarações à Lusa, uma das responsáveis pela investigação, Vanessa Silva, explicou as primeiras conclusões têm por base 60 casos, mas o grupo, constituído por investigadores e médicos da Escola de Medicina da Universidade do Minho, necessitam de mais 60 mulheres voluntárias com ciclos menstruais irregulares, com idades entre os 18 e os 38 anos para avançar na investigação.
Segundo a investigadora, a disfunção ovulatória "é a principal causa de ciclos menstruais irregulares e de infertilidade feminina" e o objetivo do estudo é "identificar corretamente a causa e corrigir, de forma dirigida, a disfunção, de forma a que uma mulher consiga engravidar de forma segura e eficaz".
"Os nossos primeiros resultados mostram que mulheres mais expostas ao 'stress' têm ciclos menstruais mais irregulares, o que tem implicações quando a mulher quer engravidar, mas pode ter também durante a própria gravidez", referiu Vanessa Silva.
"Embora a disfunção ovulatória seja muito frequente, os mecanismos subjacentes às suas principais (como o Síndrome do Ovárico Poliquístico) ainda não são completamente compreendidos. A falta de conhecimento sobre estes mecanismos e a forma como interagem tem contribuído para orientações clínicas, muitas vezes, incorretas ou pouco eficazes", explicou a clínica.
Os investigadores querem, "através de uma avaliação clínica com recurso a ecografia, análises hormonais e questionários de avaliação clínica, compreender o que conduz a ciclos menstruais irregulares ou à ausência de menstruação".
Numa segunda fase, apontou, "as mulheres que estão a tentar engravidar podem continuar a ser monitorizadas e acompanhadas pelo médico, sendo também ajudadas na correção da disfunção".
Todos os exames e acompanhamento realizado com as voluntárias é gratuito, desde as análises clínicas às ecografias e consulta médica.
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