A fibromialgia é uma doença crónica que se caracteriza por dor músculo-esquelética (dor nos músculos e ossos) generalizada e aumento da sensibilidade a vários estímulos que podem causar dor e desconforto. É mais frequente em mulheres dos 20 aos 50 anos de idade.
A prevalência em Portugal é de 2-4% da população adulta, o que representa cerca de 300 mil portugueses.
O principal sintoma é a dor músculo-esquelética generalizada, mal definida, de intensidade variável, e por vezes migratória. Agrava-se frequentemente com frio, stress e alterações do sono.
Outros sintomas
Acompanha-se frequentemente de rigidez articular, cansaço e fadiga muscular, ansiedade, depressão, alterações do padrão do sono, défice de memória, dificuldade de concentração e incapacidade de executar as tarefas diárias.
O diagnóstico de fibromialgia é um diagnóstico clínico de exclusão, que se caracteriza pela ausência de alterações significativas ao exame objetivo e em exames laboratoriais e de imagem.
É essencialmente feito pela história clínica de dor generalizada há mais de três meses associada ao sintomas referidos acima e a pontos dolorosos.
Não há cura para a fibromialgia e o objetivo do tratamento é diminuir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do doente.
O tratamento não farmacológico consiste na educação do doente para lidar com a doença, a regularização do sono, psicoterapia, exercício físico que deve ser individualizado para cada doente, sendo os mais indicados a hidroginástica, ginástica aeróbica, pilates, tai-chi e marcha.
O tratamento farmacológico consiste na administração analgésicos, relaxantes musculares, antidepressivos, hipnóticos e anti-convulsivantes.
As explicações são da médica Ana Reis Costa, especialista em Medicina Interna na CORCLÍNICA.
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