A FLAD adianta, em comunicado, que este apoio à rede do Banco Alimentar Contra a Fome serve especificamente para as pessoas que perderam dramaticamente rendimentos e que viram “o apoio prestado pelas instituições severamente limitado” devido a esta pandemia, que desde dezembro já matou mais de 36 mil pessoas e infetou mais de 750 mil em todo o mundo.
“Com a atividade das IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e de vários setores da economia a serem afetados pelas medidas de emergência e com o encerramento de escolas, centros de dia e creches, a população que era já mais vulnerável está a ser confrontada com a perda de rendimentos e com a ausência dos apoios que lhe eram prestados”, afirma a FLAD.
Neste contexto de emergência e considerando o crescente número de pedidos que o Banco Alimentar Contra a Fome está a receber diariamente, a FLAD explica que “decidiu doar 350 mil euros para apoiar a Rede de Emergência Alimentar e que, “deste valor, 100 mil euros serão atribuídos especificamente aos Bancos Alimentares dos Açores, região com quem a fundação tem uma relação muito próxima”.
Rita Faden, presidente da FLAD, explica no comunicado que os portugueses estão a viver um momento de exceção ao qual é urgente responder e sublinha que “há muitas pessoas a viver uma situação difícil e a precisar de apoio”.
“Acreditamos que, enquanto fundação portuguesa, a FLAD deve estar atenta e agir no âmbito da nossa responsabilidade social. Quisemos associar-nos a uma instituição com a estrutura já montada e capacidade para agir rapidamente no terreno”, justifica.
Por seu turno, Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, destaca na nota que “a mobilização de toda a sociedade neste momento tão difícil reveste-se de importância acrescida e contribui para a coesão social” e que “o apoio da FLAD (…) permitirá garantir a muitas famílias que ficaram sem recursos ou apoios a alimentação de que necessitam”.
O Banco Alimentar aproveita para expressar gratidão “em nome das famílias que poderão enfrentar os próximos tempos com um apoio indispensável para a sua vida.”
A Federação Portuguesa de Bancos Alimentares Contra a Fome tem atualmente uma rede de 21 Bancos Alimentares distribuídos pelo território nacional, incluindo a Madeira e os Açores.
Os efeitos da pandemia COVID-19 levaram a Federação, em parceria com a Entreajuda, a criar uma Rede de Emergência Alimentar. Esta rede pretende ajudar os que perderam apoios das IPSS entretanto encerradas, os que não têm capacidade financeira para comprar os produtos de que necessitam, aqueles cuja única refeição era a que consumiam na creche, infantário ou centro de dia, e os que dependem do cabaz de alimentos que recebem semanal ou mensalmente, conclui.
Para qualquer contribuição para esta causa está disponível a página www.alimenteestaideia.pt .
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
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