Afinal, pode haver um elo comum. Um macroestudo com amostras tumorais, realizado nos Estados Unidos da América, no Japão, no Canadá e em Espanha, concluiu que existe um conjunto de alterações genéticas muito frequentes que são comuns à maioria dos tipos de cancro. Esse padrão de comportamento repetitivo dos tumores é, em si mesmo, uma descoberta-chave para criar novos tratamentos e fármacos.
Foram envolvidas no estudo mais de 3.000 amostras de 26 tipos de cancro e, ao comparar os tecidos doentes e os tecidos saudáveis, foram detetados 150 erros genéticos comuns a todos eles. Segundo um especialista espanhol que participou na investigação, foi como encontrar "uma gama de carros todos diferentes mas todos com o mesmo motor". Uma descoberta que abre novas perspetivas terapêuticas.
De acordo com o relatório internacional "CONCORD-3", publicado no órgão especializado The Lancet, apesar do número de casos de cancro ter aumentado nos últimos anos, a taxa de sobrevivência também cresceu na maioria dos países. O documento, que analisa dados estatísticos recolhidos entre 2010 e 2014, realça mesmo a quebra registada em cancros mais letais, como o cancro do pulmão, que está a matar menos.
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